O que fazer em Berlim – roteiro de 4 dias de viagem

postado por Marcelle Ribeiro e atualizado em: 30/08/2023

Berlim é uma cidade incrível, que pode ser conhecida bem se você tiver pelo menos três dias inteiros. O ideal é não contar aí o dia de chegada, pois você provavelmente vai estar bem cansado da viagem. Estive lá com o maridão em um mês de agosto e passeamos por 4 dias. Quer dizer, três dias úteis, porque passeamos na tarde do dia em que chegamos, nos dois dias seguintes, e na manhã do quarto dia. Foi uma quantidade bacana para apreciar tudo, mas se você tiver mais dias, vai poder fazer a sua lista de “o que fazer em Berlim” com mais calma.

Mas é importante dizer que só conseguimos fazer tanta coisa porque era verão e escurece bem mais tarde nessa época (quase 21h!). Então tivemos mais tempo para conhecer as atrações ao ar livre! E passávamos quase o dia inteiro passeando.

Vejam o meu roteiro abaixo (preços atualizados em 21/04/2019).

O que fazer em Berlim: Muro e museus no dia 1

Nosso roteiro de viagem para Berlim começou com um passeio pelos principais pontos turísticos da cidade. Havíamos acabado de chegar do Brasil, e apesar de exaustos, nós fomos passear.

Pegamos um metrô do nosso hotel para ver um pedaço do “Muro de Berlim“. Na verdade, ainda há vários pedaços do “Muro” pela cidade, mas o mais bacana é o que eles chamam de East Side Gallery, que é todo colorido. Ele fica ao longo da Avenida Muhlenstrasse (pegue o U ou S Warschauer Strasse ou S Ostbahnhof).

Essa região da cidade é meio deserta, tem grandes avenidas, e só passam andando por ali turistas mesmo. Eu achei meio vazio, mas estava de dia, e não teve nenhum problema.

Não há nenhuma “bilheteria” ou portão limitando o acesso e ver o muro na East Side Gallery é de graça.

(Veja opções de city tours guiados a pé em Berlim a partir de 11 euros no site em português da nossa parceira Get Your Guide).

muro de berlim East Side Gallery

O muro de Berlim colorido de East Side Gallery. Foto: Marcelle Ribeiro

Museu Topografia do Terror

Na sequência, fomos ao museu Topographie des Terrors (essa é a grafia em alemão), que tem outra parte do muro, e uma exposição de fotos sobre os campos de concentração. É interessante, mas como os textos só estavam em alemão, é bom alugar um audioguia (que são aparelhinhos com fone de ouvido, em que você ouve explicações sobre o que está vendo naquela atração turística).

O endereço é Niederkirchnerstraße 8 – 10963 Berlin – fica perto das estações U6 Kochstrasse ou U2 Postdamer Platz). A entrada no museu Topografia do Terror é gratuita. Ele funciona todos os dias de 10h às 20h.

Depois, andamos uns 500 metros, passamos pelo local onde tinha um posto de guarda separando as duas Berlins (este aí da foto abaixo)…

o que fazer em berlim posto segurança

Turista tirando foto no antigo posto de segurança. Foto: Marcelle Ribeiro

O museu mais interessante de Berlim

Em seguida, fomos para o ponto máximo da nossa lista de o que fazer em Berlim: o Checkpoint Charlie, o museu mais interessante da cidade.

Isto porque lá eles contam a história de como os alemães faziam para driblar a segurança e ir da Berlim Oriental para a Ocidental. Tem muitas fotos e os textos estão em inglês. Mas mesmo se você não entender inglês, vai entender os métodos criativos e perigosos que os alemães usavam para atravessar de um lado para o outro. Além disso, há áudio-guias em espanhol e inglês por 5 euros.

O endereço de lá é Friedrichstraße 43-45 – D-10969 Berlin-Kreuzberg (perto do metrô U2 Stadtmitte ou U6 Kochstrasse). A entrada custa 14,50 euros por pessoa. Estudantes universitários pagam 9,50 euros. Jovens de 7 a 18 anos pagam 7,50 euros. Crianças de até 7 anos não pagam.

Veja como comprar ingresso para o Checkpoint Charlie sem fila pelo mesmo preço do site oficial e em site em português.

O museu está aberto todos os dias do ano, das 9h às 22h.

Museu Checkpoint Charlie, em Berlim

Museu Checkpoint Charlie, em Berlim. Foto: Marcelle Ribeiro.

O que fazer em Berlim – Monumentos e mais museus!

Nossa listinha de o que fazer em Berlim estava cheia ainda e no nosso segundo dia de viagem, fomos andar e ver os monumentos da cidade.

Pegamos metrô para o Brandenburger Tor (que em português é Portão de Brandemburgo) – S1 ou S2 Unter den Linden. O portão é símbolo de Berlim e cheio de esculturas no alto. Ao lado dele, a uns 300 m, fica o Reichstag (Parlamento), que optamos por ver depois, já que queríamos entrar nele com calma.

O Portão de Brademburgo pode ser visitado a qualquer hora do dia e de graça, já que fica a céu aberto e numa importante avenida da cidade.

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O Portão de Brandenburgo, um dos cartões postais de Berlim. Foto: Marcelle Ribeiro

Catedral de Berlim

Do Portão de Bradembrugo, andamos até o Berliner Dom, a Catedral de Berlim, passando, pelo caminho, por vários prédios históricos da cidade.

Também no caminho, descobrimos uma das maravilhas gastronômicas alemãs (ainda melhores por ser barata): as wurts, salsichas alemãs vendidas em carrinhos no meio da rua. A gente sempre comia com pão, e acho que se chama brastwurts. Os vendedores só falam alemão, mas entendiam quando a gente apontava para a salsicha mostrando o que queria! Meu marido aproveitava a parada para conhecer uma cerveja alemã diferente…rsrsrs

A catedral de Berlim fica na Am Lustgarten, quase na Unter den Linden, perto dos metrôs S Hackescher Markt ou  U/S Alexander Platz).

A catedral abre todos os dias, mas os horários variam. Veja o horário de funcionamento no dia em que você pretende visitar no site da Catedral.

A entrada custa 7 euros para cada adulto. Crianças e jovens de até 18 anos não pagam.

Museu de História Alemã e mais

Depois de visitar a Catedral de Berlim, fomos no Deutsches Histories Museum , o Museu de História Alemã, que fica na Unter den Linden 2, perto do metrô S Hackescher Markt. É legal, mas quem curtiu mais foi o Maridão, que se encantou com tudo lá.

O museu funciona diariamente das 10h às 18h. O ingresso custa 8 euros para adultos e é grátis para jovens de até 18 anos de idade.

Neste dia, por pura preguiça, almoçamos no Mac Donalds de Alexander Platz. Na praça, paramos para descansar e ver a fonte (nada demais) e a torre de televisão alemã famosa, que se chama Fernsehturn, contruída no auge da Cortina de Ferro. É o ponto mais alto de Berlim, dá para entrar nela, mas não entramos.

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A Berliner Dom à esquerda. À direita, a famosa antena de TV. Foto: Marcelle Ribeiro

Dia 3 – Campo de concentração + jardins

No nosso terceiro dia de viagem na Europa, fomos a um passeio interessante, mas meio deprê, por motivos óbvios: o campo de concentração Sachsenhausen. É o campo mais perto de Berlim, fica numa cidade vizinha.

Para ir até lá, pegue o metrô S-Bahn 1 até Oranienburg (não confunda com a estação de metrô Oranienburg). Este trecho demora 45 minutos. Depois, pegue o ônibus 804 até a parada Gedenkstatte, ou siga a pé.

Fundamental no campo é ir de calçados confortáveis (você anda bastante lá) e alugar um audioguia (tem em espanhol), para entender a que os judeus eram submetidos em cada parte do campo.

Você pode ir visitar o Sachsenhausen em excursões guiadas em grupo a partir de Berlim, a partir de 13,60 euros por pessoa, vendidas no site em português da Get Your Guide, empresa parceira do blog.

campo concentração Sachsenhausen

Área de fuzilamento no campo de Sachsenhausen. Foto: Marcelle Ribeiro

Horários de funcionamento e preços do Sachsenhausen

De 15 de março a 14 de outubro, o Memorial Sachsenhausen abre diariamente das 8:30 às 18:00. De 15 de outubro a 14 de março, funciona todos os dias das 8:30 às 16:30.

Porém, durante os horários de inverno, os museus fecham às segundas-feiras, mas a mostra ao ar livre “Assassinato e Mass Murder in Sachsenhausen Concentration Camp”, o memorial “Station Z” e o centro de informações aos visitantes estão abertos.

A exposição “O Centro Administrativo do Terror do Campo de Concentração: a Inspeção dos Campos de Concentração de 1934 a 1945” está aberta de segunda a sexta das 8:00 às 18:00, e aos sábados e domingos das 12:00 às 16:00.

A entrada para o Memorial e os museus é gratuita. O áudio guia custa 3 euros.

Igreja e jardim em Berlim

Depois de passar a manhã e parte da tarde no Sachsenhausen, na volta a Berlim, ainda deu tempo de irmos, no fim da tarde, ver a igreja Wilhem Gedachtniskirche (fica na Breitchseidplatz). Ela foi bombardeada nas guerras, e ainda ficou de pé. Pertinho dela, está o Sony Center, uma área de cheia de lojas de tecnologia e praça de alimentação. Perto dali também está uma loja da sorveteria Haagen Dazs, que, claro, fomos conferir.

Também deu tempo de conhecer um dos lugares mais bonitos de Berlim no verão: o jardim Tiergarten. Ele é enorme, e quem vê ele da rua não imagina como no centro do jardim é bonito.

Na verdade, amei o jardim por causa do astral. Como era verão, estava rolando um festival de jazz e os alemães estavam todos lá curtindo música no fim da tarde, sentados estirados no jardim. Muito legal. Foi um dos meus lugares preferidos e está na minha lista top 5 de o que fazer em Berlim!

O engraçado é que quando comentei isso com meu irmão, que foi a Berlim no inverno, ele disse que não gostou do Tiergarten, porque como as árvores estavam secas e com neve, parecia um jardim mal assombrado!

O início do jardim fica perto do Reichstag, mas o mais legal é pegar um ônibus (os que param ali são o 100, 187 e 341) e descer perto da Siegessaule, a Coluna da Vitória, que meio que divide o jardim. Ela fica no meio da Grosser Stern, uma avenida onde passam muitos carros, por isso, não atravesse, use uma das 4 passagens subterrâneas. E a Siegessaule é outro ponto turístico importante de Berlim, histórico.

Coluna da Vitória Tiergarten

A Coluna da Vitória, e, atrás, o Tiergarten. Foto: Marcelle Ribeiro

jardim tiegarten berlim

Aproveitando a beleza do Tiergarten. Foto: Maridão

O que fazer em Berlim – Passeio no Parlamento no dia 4

Nosso roteiro de viagem para Berlim estava terminando, mas no último dia fomos conhecer o Reichstag (Parlamento) por dentro. Como a gente sabia que sempre rolava mega-filas, fomos preparados psicologicamente e não deu outra: ficamos 1h30 esperando para entrar.

Na época, não era possível entrar sem pegar a fila. Hoje você pode comprar uma excursão super bem avaliada pelo portão de Brademburg e pelo Parlamento pelo site da Get Your Guide em português, bem mais fácil!

O legal do Reichstag é entrar na cúpula, que é completamente diferente do estilo do resto do prédio, pois é toda de vidro, linda.

berlim parlamento fila

Olha a fila para entrar no Reichstag! Foto: Marcelle Ribeiro

cúpula parlamento berlim

Por dentro da cúpula do Reichstag. Foto: Marcelle Ribeiro

O Reichstag fica do lado do Portão de Brandemburgo, na Platz der Republik (Metrô ou trem S+U Brandenburger Tor: S1, S2, S25 e U55).

Depois, fomos almoçar no Europa Center, que fica perto da estação de trem Zoologischer Garten. É um shopping onde tem um relógio d’água gigante. Fica perto da igreja Wilhem Gedachtniskirche.

No meio da tarde fomos para o outro aeroporto de Berlim, o Schoenefeld, pegar o nosso voo para Londres.

Leia também: Seguro Viagem para a Alemanha: Qual é melhor pra você (com desconto)

De Berlim para onde?

Se você quer aproveitar a ida a Berlim para conhecer outras cidades da Alemanha, pode dar uma esticada para Hamburgo, que fica a cerca de 300km da capital. É um lugar cheio de atrações bacanas também. A Adriana, do blog Em Algum Lugar do Mundo, dá as dicas de o que fazer em Hamburgo para você aproveitar ao máximo!

Outra opção é Bremen, cidade da Alemanha que fica a cerca de 400km da capital e que é conhecida como “cidade dos animais músicos” e tem um centro histórico charmoso e cheio de construções no estilo gótico.

Já para quem pretende viajar pela Alemanha e quer usar os tickets regionais, indico o blog Fora da Zona de Conforto.

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