Santiago: Melhores atrações para 2 dias de viagem

postado por Marcelle Ribeiro e atualizado em: 03/11/2023

Dois dias é o tempo ideal para conhecer a capital chilena. Já coloquei neste post aqui as dicas para um roteiro de 4 a 5 dias que inclui não apenas Santiago mas também as atrações das redondezas, que valem a pena. Aliás, confesso que gostei mais dos arredores de Santiago do que da capital propriamente dita.

Admito que me decepcionei um pouco com a poluição da cidade, que, juntamente com o ar seco de abril, me causaram um grande desconforto no nariz. Além disso, subir ao Cerro San Cristóbal (Parque Metropolitano) e ver aquela densa camada de poluição da cidade é meio deprê.

Não vou dar um roteiro com a ordem do que você deve visitar, porque isso vai depender do horário em que você começar a passear e de onde estiver hospedado. Dê uma olhada nas atrações listadas abaixo, veja as que te interessam e marque no mapa que seu hotel vai te dar, tendo o cuidado de reparar no horário em que cada uma delas fecha. A maioria dos lugares que indico são em dois bairros que concentram os pontos “turistáveis” da cidade: Centro e Bellavista (pertinho do Centro).

 

Centro

Atrações que valem a pena:

Parque Florestal

É uma gracinha. Estreito e comprido, ele é um oásis entre ruas movimentadas da capital, com flores, estátuas e gente caminhando. Não tem portão, então você pode visitar a qualquer hora do dia. Uma boa dica é caminhar por ele para ir de uma atração a outra. Tempo de visita: 1h.

Parque Florestal, em Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Parque Florestal, em Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Plaza de Armas

Ótimo lugar para tirar fotos das fachadas de belos prédios históricos, como Museu Histórico Nacional, a Catedral Metropolitana e o Correio Central. Tempo de visita: 10 min.

Museu Histórico Nacional de Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Museu Histórico Nacional de Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Prédio do Correio Central de Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Prédio do Correio Central de Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Catedral Metropolitana

É linda, com muito dourado e rococó. Bonita por dentro e por fora. Você vai levar cerca de 15 minutos para conhecê-la por dentro.

Endereço: Fica na Plaza de Armas, perto do Paseo Ahumada. Abre de segunda-feira a sábado, das 9h às 19h e aos domingos das 9h às 12h. Entrada gratuita.

Catedral Metropolitana de Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Catedral Metropolitana de Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Catedral Metropolitana de Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Catedral Metropolitana de Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Catedral Metropolitana de Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Catedral Metropolitana de Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

catedral

Catedral Metropolitana de Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

 

Palácio de La Moneda

Apesar de não ser tão impressionante por fora, o Palácio de La Moneda vale a pena se você fizer a visita guiada a seu interior. Não que as salas sejam suntuosas ou super decoradas. O que é interessante são as histórias contadas pelo guia, que fala do ataque ao palácio, dos presidentes que ali trabalharam (inclusive o ditador Pinochet), de quando o lugar funcionava como uma Casa de Moedas, e muito mais. Há visitas em espanhol e em inglês e elas são gratuitas.

Mas atenção: para fazer a visita guiada é preciso agendar horário com antecedência pelo site. Lá você escolhe dia e horário. Depois, recebe um email de confirmação de sua visita. Daí é só chegar uns 20 minutos antes e se identificar a um dos guardas que ficam no entorno do palácio. A visita dura cerca de 1h30.

Endereço: Plaza de La Ciudadania – Avenida Libertador Bernardo O’Higgins, Centro.

Palácio de La Moneda. Foto: Marcelle Ribeiro.

Palácio de La Moneda. Foto: Marcelle Ribeiro.

Palácio de La Moneda. Foto: Marcelle Ribeiro.

Palácio de La Moneda. Foto: Marcelle Ribeiro.

Palácio de La Moneda. Foto: Marcelle Ribeiro.

Palácio de La Moneda. Foto: Marcelle Ribeiro.

Palácio de La Moneda. Foto: Marcelle Ribeiro.

Palácio de La Moneda. Foto: Marcelle Ribeiro.

Palácio de La Moneda. Foto: Marcelle Ribeiro.

Palácio de La Moneda. Foto: Marcelle Ribeiro.

Palácio de La Moneda. Foto: Marcelle Ribeiro.

Palácio de La Moneda. Foto: Marcelle Ribeiro.

Cerro Santa Lucía

É o parque mais bonito da cidade, não apenas pelos jardins e fontes, mas também porque lembra um castelinho e proporciona belas vistas de Santiago, especialmente em um fim de tarde claro. Mas prepare-se, pois você vai subir muitas ladeiras e escadas para conhecê-lo. Por isso, reserve ao menos 2h para conhecer o local com calma.

Endereço: Há várias entradas para o Cerro, uma delas é pela Avenida Alameda com a calle Santa Lucía. Outra é pelas calles Santa Lucía e Merced. Se você entrar pela esquina da Calle Santa Lucía com Calle Augustina, pode ver se o elevador está funcionando e usá-lo para subir parte do trajeto. A entrada no Cerro é gratuita, basta assinar um livro de visitantes. Horário de funcionamento: 9h às 20h (de setembro a março) ou de 9h às 19h (de abril a agosto).

Cerro Santa Lucía, em Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Cerro Santa Lucía, em Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Cerro Santa Lucía, em Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Cerro Santa Lucía, em Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Cerro Santa Luzia

Cerro Santa Lucía, em Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro

Cerro Santa Lucía, em Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Cerro Santa Lucía, em Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Atrações que não valem muito a pena:

Museu Histórico Nacional

Apesar de a entrada ser gratuita, o Museu Histórico Nacional de Santiago não vale tanto a visita, porque conta a história do Chile de forma um pouco desordenada e bagunçada, pelo menos para quem conhece pouco o passado do país. Além disso, ele fala pouco da ditadura chilena, época que mais me desperta curiosidade. O que achei interessante lá foram roupas antigas e a reprodução de casas de séculos passados.

Endereço: Plaza de Armas de Santiago 951 (Metro Plaza de Armas). Horário de funcionamento: Terça a domingo, das 10h às 18h. Entrada grátis.

Museu Histórico Nacional de Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Museu Histórico Nacional de Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Mercado Central

O Mercado Central de Santiago Só é interessante se você quiser almoçar lá, em um dos restaurantes especializados em pescados e frutos do mar, especialmente para comer o caro caranguejo gigante. É que o mercado vende basicamente peixes e não tem aquelas bancas de frutas coloridas que existem em outros mercados do mundo.

Endereço: Esquina da rua Vergara com a Avenida 21 de Maio, perto do metrô Cal y Canto. Abre todos os dias, das 7h às 15h. Entrada grátis.

Mercado Central de Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Mercado Central de Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Museu de Arte Precolombino

É aclamado por vários guias de viagem como um dos melhores museus da cidade. Eu confesso que não achei o Museu de Arte Precolombino tudo isso. Talvez porque esse tipo de arte não me atrai tanto (não curto muito ver potes e cerâmicas coloridos e quebrados). O que mais gostei foram as estátuas de madeira que eram colocadas em tumbas para que os mortos fizessem uma boa “passagem”.

Endereço: Calle Bandera 361 (esquina com Calle Compañía), perto do metrô Plaza de Armas. Funciona de terça a domingo das 10h às 18h. Entrada: 4.500 pesos chilenos (2 mil pesos para estudantes com carteirinha). Menores de 10 anos não pagam. Grátis todo primeiro domingo do mês.

 

Museu de Arte Precolombino. Foto: Marcelle Ribeiro.

Museu de Arte Precolombino. Foto: Marcelle Ribeiro.

Museu de Arte Precolombino. Foto: Marcelle Ribeiro.

Museu de Arte Precolombino. Foto: Marcelle Ribeiro.

Bairro Bellavista

Atrações que valem a pena:

La Chascona

A La Chascona é uma das três casas-museus do poeta Pablo Neruda no Chile. As outras ficam na cidade de Valparaíso e em Isla Negra (a cerca de 2h de carro de Santiago). E o que esperar de uma casa-museu do poeta? Bom, antes de mais nada, saiba que Neruda foi um dos mais importantes poetas chilenos.

Ele tinha o hábito de colecionar muitos objetos, adorava o mar e vivia rodeado de amigos. Nas casas dele, os visitantes conhecem muito de como ele vivia, já que ele efetivamente morou nas três residências, que têm móveis e inúmeros objetos de decoração. As coleções de Neruda vão de garrafas diferentes de vidro a insetos, passando por objetos decorativos de navios e muito mais. Cada cômodo é cheio de coisas, todas organizadas.

O bacana de visitar uma das casas-museu é que você sempre tem acesso ao audioguia (também disponível em português), que vai explicando sobre a vida do poeta, seus hábitos, história, e manias, à medida que anda pela casa. No entanto, confesso que senti falta de explicações sobre a poesia de Neruda.

La Chascona é uma casa bonita, ao pé de uma montanha, e tem esse nome em homenagem à mulher de Neruda, que ele dizia ser despenteada (chascona significa despenteada em português).

As visitas guiadas às casas-museu de Neruda acontecem durante todo o dia, mas sem horário marcado. Chegando na casa, você entra na fila e, à medida que se formam grupos de 10 a 15 pessoas, eles vão recebendo o audioguia e entrando na casa. As visitas guiadas costumam durar entre 1h e 1h30.

Eu visitei 2 casas-museu: a de Santiago e a de Isla Negra. Nos dois casos, não tive que esperar mais que 20min, mesmo tendo ido em um final de semana. Mas você tem que dar a sorte de não ter nenhum grupo de excursão escolar na sua frente….rsrsrs.

Endereço: Calle Fernando Márquez de la Plata, 0192, Barrio Bellavista. Horário de funcionamento: de Março a Dezembro, abre de terça a domingo, das 10h às 18h; Janeiro e Fevereiro, de terça a domingo, das 10h às 19h. Preço: 6 mil pesos chilenos.

 

La Chascona, em Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

La Chascona, em Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

 

La Chascona, casa de Neruda em Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

La Chascona, casa de Neruda em Santiago. Foto: Marcelle Ribeiro.

Atrações que não valem muito a pena:

Parque Metropolitano

Não sei se foram as minhas expectativas, um pouco altas, ou se foi a poluição mesmo, mas não curti muito o Parque Metropolitano de Santiago, um dos maiores da cidade. Localizado no Cerro San Cristóbal, ele é um dos maiores da capital, mas para conhecê-lo todo é preciso caminhar bastante. Eu conheci só uma parte, a que é acessada a partir do funicular do bairro Bellavista. Evite ir nos finais de semana, quando há fila de cerca de 1h para pegar o funicular. Tente ir num dia ou horário bem ensolarado, para diminuir a chance de ver uma camada grossa de poluição sobre a cidade lá de cima (como eu vi).

Acessando o parque pelo funicular da Bellavista, você pode desembarcar no zoológico (não conheci) ou na área em que há uma estátua da Imaculada Conceição e uma capela. Confesso que não achei nada demais a parte de cima, porque a vista é da cidade poluída, a estátua é bem menor que o Cristo Redentor do Rio de Janeiro e porque o passeio de funicular não proporciona uma vista de destaque.

Uma pena que não tive tempo de ver o outro lado do parque, onde muita gente faz esporte e até toma banho nas piscinas públicas.

Endereço: Para acessar o parque pelo funicular da Bellavista, vá para a Calle Pio Nono, 450 (o metrô mais perto é o Baquedano, mas você terá que caminhar uns 20 minutos da estação até lá). Preço: A subida de funicular custa 2 mil pesos por pessoa (ida + volta) para adultos e 1.500 pesos para crianças.

Horário de funcionamento do funicular: no inverno, às segundas das 13h às 18h45 e de terça a domingo, das 10h às 18h45; no verão, fecha uma hora mais tarde todos os dias da semana.

Para saber endereço, horário de funcionamento e preços para acessar o parque por outras entradas, visite o site oficial do parque.

 

Funicular do Parque Metropolitano. Foto: Marcelle Ribeiro.

Funicular do Parque Metropolitano. Foto: Marcelle Ribeiro.

Vista do funicular do Parque Metropolitano. Foto: Marcelle Ribeiro.

Vista do funicular do Parque Metropolitano. Foto: Marcelle Ribeiro.

Vista de Santiago do alto do Parque Metropolitano. Foto: Marcelle Ribeiro.

Vista de Santiago do alto do Parque Metropolitano. Foto: Marcelle Ribeiro.

A Cordilheira dos Andes com neve vista do Parque Metropolitano. Foto: Marcelle Ribeiro.

A Cordilheira dos Andes com neve vista do Parque Metropolitano. Foto: Marcelle Ribeiro.

Estátua de Imaculada Conceição no Parque Metropolitano. Foto: Marcelle Ribeiro.

Estátua de Imaculada Conceição no Parque Metropolitano. Foto: Marcelle Ribeiro.

Outros bairros

Atrações que valem a pena:

Museu da Memória e dos Direitos Humanos

Fica no bairro de Quinta Normal o museu mais incrível de Santiago e uma das melhores atrações da cidade: o Museu da Memória e dos Direitos Humanos. Ele conta tudo sobre a ditadura chilena, com muitas histórias de vítimas, áudios e imagens. Cheguei a chorar lá, com as cartinhas das crianças pedindo ao governo por notícias de seus pais. Uma pena que não é permitido tirar fotos lá de dentro e que todos os textos estão apenas em espanhol. Só tem tempo para ir a 1 museu em Santiago? Vá nesse. Só tem 1 dia para conhecer Santiago? Inclua esse museu no seu roteiro. Você vai levar cerca de 2h para conhecê-lo.

Endereço: Calle Matucana 501, a 10 metros da estação de metrô Quinta Normal. Horário de funcionamento: Terça a domingo, das 10h às 18h.  Entrada grátis.

 

Museu da Memória e dos Direitos Humanos. Foto: Marcelle Ribeiro.

Museu da Memória e dos Direitos Humanos. Foto: Marcelle Ribeiro.

 

Sky Costanera

Um lugar que eu não tive tempo de visitar, mas que gostaria de ter ido é o mirante Sky Costanera. É o mais alto da América Latina e de lá você tem uma visão 360º da capital chilena (dá para ver a Cordilheira dos Andes)! Ele fica no topo de um arranha-céu de 300 metros de altura e faz parte do complexo do Shopping Center Costanera. O Rozembergue, do blog Mochilão Barato, conta como visitar o mirante Sky Costanera em Santiago.

 

Se você tem pouco tempo…

Para quem tem pouco tempo para conhecer Santiago, ou prefere a comodidade de um ônibus que pare nos principais pontos turísticos, a capital chilena tem aqueles ônibus tipo hop on hop off. A Bruna, do Viajantes por Opção, experimentou o ônibus hop on hop off de Santiago e conta como foi.

 

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