Roteiro de 2 dias de viagem a Yosemite (EUA) – Parte 1

postado por Marcelle Ribeiro e atualizado em: 05/09/2019

A região do Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia, tem atrações para preencher vários dias de viagem. É tanta montanha, tanto verde, árvores centenárias, trilhas e cachoeiras, que é até difícil escolher o que visitar. Eu passei apenas dois dias na região, no fim de março desse ano, e ficou um gostinho de quero mais. Por ter apenas um fim de semana e por não estar de carro, eu decidi focar nas atrações dentro do parque propriamente dito. Fui em algumas que ficam no entorno, mas apenas nas que estavam incluídas no pacote que comprei com a Extranomical.

Como eu já disse neste post aqui, preferi contratar um pacote porque achei mais prático do que ir sozinha de transporte público. O pacote que contratei, que hoje está custando US$ 237, valeu muito a pena: eu cheguei bem mais rápido do que chegaria caso fosse de transporte público e ainda passei por vários pontos turísticos, pois a Extranomical faz várias paradas em mirantes antes de entrar no coração do parque, com direito a motorista/guia explicando tudo.

Eu preferi contratar a minha hospedagem à parte (como eu já disse aqui, fiquei numa cabana aquecida no Curry Village, dentro do parque). O pacote também é interessante porque te dá 24h de liberdade para conhecer o parque sozinho*.

Vamos ao roteiro do meu primeiro dia de viagem:

 

Por volta das 6h20 o micro-ônibus da Extranomical me pegou na porta do meu hostel em San Francisco, perto da Union Square. Havia cerca de 15 a 20 turistas, mas tinha espaço de sobra. O ônibus era confortável e o motorista nos deixou dormir até umas 8h ou 9h, quando paramos por 30 minutos em um supermercado na estrada para comprar café da manhã, água e lanches. Depois, seguimos viagem.

Nossa primeira parada, de 5 minutinos, foi em um mirante na Stanislaus National Forest, antes de Yosemite.

Stanislau National Forest, perto de Yosemite. Foto: Marcelle Ribeiro

Stanislaus National Forest, perto de Yosemite. Foto: Marcelle Ribeiro

Aproximadamente às 10h30 ou 11h chegamos a um bosque com sequóias gigantes na região de Yosemite, chamado Tuolumne Grove Tailhead. As sequóias são árvores típicas da Califórnia, que chegam a 94 metros de altura, 12 metros de diâmetro e a 3.200 anos.

Eu já havia visto algumas dessas árvores gigantes no parque Muir Woods, perto de San Franscisco, mas as da região de Yosemite têm diâmetro maior e são mais antigas. Dava até para passar uma charrete por dentro das árvores antigamente! Na Tuolumne Grove Tailhead há apenas 25 sequóias gigantes e destas vimos umas seis, mas valeu a pena mesmo assim.

Eu, na verdade, gostaria de ter ido a outra área que concentra sequóias gigantes perto de Yosemite, chamada de Mariposa Grove, mas sem carro próprio não ia ser possível.

A caminhada que fizemos foi curta, de apenas 1,6km e um pouco íngreme (a trilha inteira na verdade é maior, mas nós andamos apenas o suficiente para chegar nas árvores gigantes). Quem quiser fazê-la desce do micro-ônibus e vai caminhando. A gente teve cerca de 40 minutos para fazer esse passeio e foi o suficiente. Todo mundo fez. O nosso motorista/guia nos esperou no carro, mas a trilha não tem erro, não dá pra se perder.

Túnel da árvore gigante morta em Tuolumne Grove.

Túnel da árvore gigante morta em Tuolumne Grove.

 

Tuolumne Grove. Foto: Marcelle Ribeiro

Tuolumne Grove. Foto: Marcelle Ribeiro

Recorte de sequóia gigante. Foto: Marcelle Ribeiro

Recorte de sequóia gigante. Foto: Marcelle Ribeiro

Outra parada clássica de Yosemite que fizemos foi no Tunnel View, um mirante onde tem até estacionamento para os turistas. Lá tirei várias fotos com os cartões-postais de Yosemite: as montanhas rochosas El Capitan, Half Dome e Sentinel Rock, que são muito escaladas por alpinistas. Também vi a cachoeira Bridalveil.

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El Capitan, Half Dome, Sentinel Rock e a cachoeira Bridalveil (Dir para Esq).

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A cachoeira Bridalveil, em Yosemite. Foto: Marcelle Ribeiro

Mais uns poucos quilômetros a frente paramos novamente, desta vez na Sentinel Bridge, para ver um belo rio e as montanhas da região de outro ângulo. Lá tem até placa explicando a importância do monte Half Dome, uma rocha gigantesca de granito formada milhões de anos atrás. Li também que Yosemite é a região com mais montanhas de granito do mundo.

O Half Dome e um rio de Yosemite. Foto: Marcelle Ribeiro

Mais uns minutos no ônibus e chegamos ao Yosemite Valley, dentro do parque. O ônibus nos deixou em frente ao hotel Yosemite Lodge at The Falls, por volta das 14h30.

Os turistas que contrataram apenas o pacote de 1 dia a Yosemite a partir de San Francisco tiveram apenas 1h30 para almoçar e ver as cachoeiras que ficam bem ao lado do hotel, antes de embarcar de volta ao ônibus para fazer o caminho de retorno a San Francisco. Chamadas de Upper Yosemite Fall e Lower Yosemite Fall, as cachoeiras têm 435 metros de altura e 97 metros, respectivamente.

Aliás, elas podem ser vistas de vários pontos do parque. Chegar até elas é ridículo de fácil: a partir do hotel Yosemite Lodge at the Falls, você anda cerca de 15 metros em um trecho asfaltado e já vê bem de perto as cachoeiras (por baixo). O caminho é inclusive acessível a pessoas em cadeiras de rodas.

Mas se você quiser mais aventura, pode fazer a trilha que leva até o alto da Upper Yosemite Fall, que tem cansativos e extenuantes 5,8 km e demora cerca de 6 a 8 horas para ser feita (ida+volta). Eu não fiz.

Upper e Lower Yosemite Falls. Foto: Marcelle Ribeiro

Upper e Lower Yosemite Falls. Foto: Marcelle Ribeiro

Lower Yosemite Fall. Foto: Marcelle Ribeiro

Lower Yosemite Fall. Foto: Marcelle Ribeiro

Upper Yosemite Fall. Foto: Marcelle Ribeiro

Upper Yosemite Fall. Foto: Marcelle Ribeiro

Como eu havia contratado o pacote de 2 dias a Yosemite, eu pude apreciar as cachoeiras com mais calma. Comi um lanche ali mesmo no restaurante estilo fast food que fica bem ao lado do Yosemite Lodge at the Falls, porque eles não tinham opção de refeição de verdade.

O lanche não foi barato, mas foi pagável (não me lembro exatamente o valor). Depois deixei a minha malinha na recepção do hotel para ir ver as cachoeiras. O funcionário da recepção foi simpático e guardou a minha mala no depósito de bagagens do hotel mesmo sabendo que eu não me hospedaria ali (e ainda me deu comprovante de bagagem).

Andei até as cachoeiras e fiz montes de fotos. Depois, peguei a minha mala no Yosemite Lodge at The Falls e fui para o ponto de ônibus que fica em frente dele. Não, eu não esperei pelo ônibus da Extranomical, que a essa altura do campeonato já tinha seguido seu roteiro de volta para San Francisco. Eu esperei pelos ônibus públicos gratuitos que funcionam dentro do Parque Nacional de Yosemite. É isso mesmo: o parque é tão grande que tem até linhas de ônibus internas para levar os turistas de um canto para o outro.

É muito mão-na-roda: com o Free Yosemite Valley Shuttle Bus, você vai para os hotéis de dentro do parque, para o início de trilhas, cachoeiras, lagos, pontos de aluguel de bicicleta, lojas, campo de golfe, estábulos, restaurantes, estacionamentos e etc.

Há diversos pontos dentro do parque e os motoristas são os mais educados e atenciosos do mundo. Você pode entrar com mala, sem problemas. Basta dizer onde quer ir que eles te falam onde parar. Os pontos são sinalizados e mostram os horários.

Os ônibus, que têm ar condicionado, funcionam todos os dias, das 7h às 22h. No inverno, os intervalos são de 30 minutos e no verão, de 10 a 20 minutos. No verão, há uma linha especial que passa no El Capitan e na cachoeira Bridalveil das 9h às 18h. Veja o mapa do parque e dos pontos aqui.

Cerca de dez minutos de viagem no Free Shuttle, desci no ponto do Curry Village, onde eu me hospedei em uma cabana (já falei sobre ela aqui). Depois das pendências burocráticas de check in e acomodação, já eram umas 18h. Eu, que havia acordado às 5h (e havia dormido só umas 4h) estava exausta.

Eu até havia pesquisado a programação noturna de Yosemite, que varia todos os dias (Veja aqui a lista de atividades atualizada) e que tem algumas atrações gratuitas e outras pagas, como contação de história, lareira, e filmes. Mas eu não tinha pique e, sozinha, faltou quem me colocasse pilha para aproveitar a noite. Então apenas comi uma sopa com salada na pizzaria do Curry Village, comprei itens de primeira necessidade na lojinha ali do lado, e fui dormir, pois o dia seguinte seria de mais andanças! Mas isso é história pro próximo post.

*O Viciada em Viajar ganhou 30% de desconto no pacote da Extranomical, benefício dado a jornalistas e blogueiros de viagem.

 

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Comentários

  1. vagner
    25 ago 2016

    OLá, Marcelle. Já está me ajudando muito.

    Mas gostaria de saber se houve post do 2º dia ou o q vc teria feito com 3 dias.

    ABraços e boas viagens!

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