Serrinha do Alambari (RJ): as cachoeiras e dicas para conhecer!

A Serrinha do Alambari é um cantinho especial do estado do Rio de Janeiro ainda não muito desbravado por turistas. Com belas cachoeiras, muito verde e paz, a Área de Proteção Ambiental da Serrinha do Alambari pertence à cidade de Resende, mas fica muito perto de três outros locais turísticos mais conhecidos: Penedo, Visconde de Mauá, e Parque Nacional do Itatiaia. Por isso, pode ser combinada num roteiro com esses outros locais. Veja abaixo o guia com as dicas indispensáveis para conhecer a Serrinha do Alambari.

Onde fica a Serrinha do Alambari?
Serrinha do Alambari – Como ir
Quando ir para a Serrinha do Alambari?
Serrinha do Alambari – Onde ficar
Serrinha do Alambari – Cachoeiras
Serrinha do Alambari – Onde comer

Onde fica a Serrinha do Alambari?

A Serrinha do Alambari fica no alto de uma serra de Mata Atlântica, a 186 km da capital do Rio de Janeiro e a 280 km da capital de São Paulo.

Fica muito perto de três outros locais turísticos mais conhecidos na região: Penedo (a 14 km), Visconde de Mauá (a 30 km), e Parque Nacional do Itatiaia (a 27 km).

No mapa abaixo, as cidades citadas estão na cor vermelha, as cachoeiras em vermelho, pousadas em amarelo e restaurantes em azul.

Serrinha do Alambari – Como ir

O ideal é ir de carro, pois o transporte público é bem escasso na região.

Para ir para a Serrinha do Alambari até tem ônibus saindo da rodoviária de Resende, mas são apenas 2 ou 3 por dia, dependendo do dia. A linha é a 310. Veja aqui no site da prefeitura de Resende os horários de ida e volta do ônibus para a Serrinha do Alambari.  Ah e nem sempre o ônibus chega até o Camping Club do Brasil, onde ficam algumas cachoeiras da região. Pode ser que você pegue o ônibus e tenha que saltar antes do CCB e subir o resto do caminho andando.

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Quando ir para a Serrinha do Alambari?

Se você quiser tomar banho nas cachoeiras da região, tem que ir fora do inverno, pois as temperaturas caem bastante.

Evite os meses de novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março, pois chove muito nesta época. Com muita chuva, as trilhas ficam mais enlameadas e aumenta a chance de tromba d’água.

Abril e outubro são os melhores meses, pois a chuva não passa de 131 mm e as temperaturas variam de 17ºC a 30ºC.

Veja as médias de chuva e temperatura mês a mês no site da Climatempo para Resende no site da Climatempo.

Eu fui no início de abril e ainda estava um pouco chuvoso. Pegamos dias sem sol, mas mesmo assim encaramos a água gelada das cachoeiras!

Dependendo da época do ano em que você vai, é bom reservar uma pousada com lareira, pois faz frio na região.

Serrinha do Alambari – Onde ficar

Quando decidimos visitar a  Serrinha do Alambari, onde ficar foi uma decisão até fácil de tomar. Optamos por ficar mais distante das cachoeiras e ficar em Penedo, que fica a 14 km da Serrinha, descendo a estrada de terra. É que Penedo é uma cidade fofinha, com uma rua cheia de restaurantes e bares gostosos, lojinhas bonitinhas e pousadas agradáveis.

Nos hospedamos na pousada Recanto do Moriá, um pouquinho afastada do centrinho de Penedo (precisamos de carro para ir aos restaurantes). O tamanho do quarto e do banheiro era bom, a cama era confortável, tinha TV e frigobar. Mas o quarto precisa de uma pintura. O café da manhã era delicioso. Tinha uma área verde com piscina que não chegamos a usar, porque o tempo estava nublado e até meio chuvoso.

Pousada Recanto do Moriá, em Penedo. Foto: Booking.com.

Serrinha do Alambari – camping e pousadas

E a Serrinha do Alambari? Bom, até há uma meia dúzia de pousadas na Serrinha (que sequer estão listadas no Booking) e umas casas para alugar, mas eram poucas e a achamos que íamos ficar muito isolados. A gente adora essa coisa de ir jantar num lugar gostoso de noite, ou ter uma vilinha bonita por perto.

Se meu marido cogitasse a possibilidade de acampar, teríamos acampado no Camping Club do Brasil na Serrinha do Alambari, dentro de onde ficam vários poços e cachoeiras legais. Eu já fiquei lá quando era mais jovem e amei.

O camping é super organizado! Tem vários banheiros femininos e masculinos, com  água quente, luz, calçamento, vendinha para os itens de primeira necessidade e até restaurante que serve café da manhã, almoço e jantar. Tem pavilhão com jogos de mesa coberto. Uma delícia ir com a família ou os amigos. Os preços estão no site.

Mas o maridão não abre mão do conforto de uma cama de verdade. Então resolvemos ficar em Penedo.

Serrinha do Alambari – Cachoeiras

Bom, e o que fazer na Serrinha do Alambari? Cachoeiras é a resposta! Nós levamos dois dias para conhecer as cachoeiras da Serrinha do Alambari.

No primeiro dia, fomos nas cachoeiras que ficam dentro do Camping Clube do Brasil (CCB). Fomos de carro, e em uns 40 minutos de Penedo chegamos lá. Uma parte da estrada é a mesma que vai de Penedo para a cidade de Visconde de Mauá, mas bem antes de chegar a Visconde de Mauá, você deve virar para a esquerda. A estrada é boa, parte de asfalto e parte de brita, mas dá para ir tranquilo, apesar das subidas e das curvas. No site do Camping Clube tem um mapa. Importante: nosso 4G não funcionou lá, então não conte com GPS, estude os mapas.

Poço das Esmeraldas

O CCB tem um belo poço para banho, o Poço das Esmeraldas, que tem esse nome por causa da bonita cor verde da água. Pena que estava bem nublado e a água não estava tão linda quanto já vi em fotos de amigos. Há vários poços e cachoeiras dentro do CCB e mesmo quem não está acampado lá ou não tem carteirinha do CCB pode visitar. Basta pagar uma taxa. Não me lembro exatamente o valor, mas acho que era R$ 30 por pessoa.

A gente estacionou bem na entrada do CCB e foi caminhando até os poços. As trilhas são super curtinhas, e em 30 minutos chegamos ao Poço das Esmeraldas, seguindo as placas. Algumas trilhas são mais inclinadas. O chato é que como tinha chovido, algumas trilhas estavam bem enlameadas.

Por ser o poço mais famoso do CCB, o Poço das Esmeraldas é o que atrai mais gente.

Trilha para o Poço das Esmeraldas, na Serrinha do Alambari. Foto: Marcelle Ribeiro.

Poço das Esmeraldas, na Serrinha do Alambari. Foto: Marcelle Ribeiro.

Poço do Bananal

Depois do Poço das Esmeraldas, fomos para outro local dentro da área do CCB: o Poço do Bananal, que é uma piscina OK, sem grandes atrativos. Depois desses dois poços, voltamos para Penedo para um almoço tardio e fomos descansar na pousada.

Poço do Bananal, na Serrinha do Alambari. Foto: Marcelle Ribeiro

Poço do Céu

No segundo dia, resolvemos ir nas cachoeiras fora da área do CCB.

Chegar ao Poço do Céu e ao seu vizinho, o Poço do Dinossauro dá um certo trabalho. Depois da portaria do Camping Clube do Brasil, você tem que dirigir mais uns 3km de uma estrada de pedras em subida bem íngreme e, como tinha chovido, estava escorregadio.

A gente estava em um carro 4×2, alto, e o marido ficou meio tenso. Depois, entramos no condomínio de casas (acho que se chama Vale Verde) e fomos seguindo pedindo informações. Dirigimos até o último (último mesmo!) sítio do condomínio, que é o que dá acesso aos poços. Dentro do condomínio a estrada é ainda pior, mais íngreme e super escorregadia. Só vá se tiver muita confiança no motorista!

Tem gente que faz esse percurso da entrada do CCB até o poço a pé, mas a gente preferiu economizar as pernas e ir de carro.

Pagamos R$ 35 para entrar (por pessoa), que dá direito a visitar tanto o Poço do Céu quanto o Poço do Dinossauro, já que eles ficam na mesma fazenda.

Fizemos uma trilha curtinha a partir da casa do sítio. Não me lembro exatamente a distância, mas em 30 minutos chegamos ao Poço do Céu, sem grande esforço.

Dizem que essa propriedade onde fica a entrada para os poços só abre em feriados, então não arrisque ir em períodos de baixa estação. E mesmo em feriados não fica cheio, porque o local é bem pouco divulgado. Há quem vá com guias, mas a gente não precisou, o caminho é sinalizado e o pessoal da portaria dá as dicas.

Poço do Céu, na Serrinha do Alambari. Foto: Marcelle Ribeiro.

Poço do Dinossauro

Depois de um banho no Poço do Céu, nos arriscamos ir para o Poço do Dinossauro, que fica uns 15 minutos de trilha mais abaixo. Essa trilha é mais chatinha, porque tem que descer segurando em uma corda em uma parte super escorregadia de pedra. Maridão caiu de bunda no chão. Melhor nessa hora tirar o tênis, pois o atrito com o pé é melhor. Chegando lá, mais banho e fotos e depois retornamos para a casa do sítio, onde pudemos usar o banheiro para trocar de roupa e pegar estrada para o Rio de volta.

Poço do Dinossauro, na Serrinha do Alambari. Foto: Marcelle Ribeiro.

Poço do Dinossauro, na Serrinha do Alambari. Foto: Marcelle Ribeiro.

Quer dicas sobre a Serrinha do Alambari e outros lugares no Rio de Janeiro? Veja o vídeo abaixo!

Serrinha do Alambari – Onde comer

O local mais perto das cachoeiras para comer é o restaurante de comida a quilo do CCB. Ele é baratinho e aberto ao público (não precisa estar acampado lá). Serve café da manhã, almoço e jantar.

Como estávamos hospedados em Penedo, preferimos ir comer lá, pois a oferta de restaurantes é maior. Por isso, vou deixar as dicas de Penedo aqui também.

Estância Penedo

Para quem quer comer sem gastar muito. Almoço com variedade, a quilo. A comida estava gostosa. O ambiente é amplo, arejado e limpo. Falta um pouco de charme na decoração, mas mesmo assim recomendo. Minha refeição com refri deu R$ 36.  O endereço do Estância Penedo é Avenida das Mangueiras, 1775, no Centrinho de Penedo.

Braseiro Gaúcho

Provamos o rodízio de fondue de lá e amamos. O Braseiro Gaúcho serve fondue de queijo, de carne e de chocolate. Uma delícia. Com as bebidas, custou R$ 73 por pessoa. O restaurante também serve outros pratos a la carte e fica na Rua das Velas, 76, no Centro de Penedo.

Deck Pizzaria Penedo

Essa pizzaria fica no andar de cima de uma loja. Ela é toda meio avarandada, e dá para ver o movimento das pessoas passeando na rua principal de Penedo. A decoração podia ter um pouco mais de charme, é bem simples. Mas a pizza estava gostosa e tem um preço ótimo. Pagamos cerca de R$ 40 por pessoa. A Deck Pizzaria Penedo fica na Avenida das Mangueiras, 1658, no centrinho.

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Marcelle Ribeiro: Jornalista, baiana, mas há mais de 20 anos moradora do Rio de Janeiro. Nos seus 40 anos de vida, já viajou sozinha e acompanhada. Casada, tutora do cão mais fofo do mundo e viciada em pesquisar novos destinos.

Veja os comentários. (4)

  • Ótimas dicas!
    Minha Esposa e eu visitaremos a região daqui a alguns dias.
    Gratidão!

    • Obrigada, Caio! Boa viagem! Depois passe aqui para contar como foi a viagem em tempos de pandemia!
      Abraço,
      Marcelle

    • Oi, Jorge, tudo bem? Dê uma telefonada no camping pra se informar. Mas desconfio que não tenha, viu?
      Abs,
      Marcelle