Viagem à Costa Rica: 10 erros que você não deve cometer

É preciso ter alguns cuidados ao planejar uma viagem à Costa Rica para não passar perrengue. Eu fui para o país em abril de 2025, fiquei dez dias com o meu marido e quase cometi alguns erros durante a nossa viagem. Por isso, neste post, eu te dou 10 dicas do que não fazer numa viagem à Costa Rica e de como aproveitar melhor o país. A seguir, os erros que você não deve cometer:

Playa Biesanz, em Manuel Antonio. Foto: Marcelle Ribeiro.

1 – Ir na época errada

É muito importante pesquisar a época boa para visitar cada cidade quando você estiver planejando sua viagem à Costa Rica. Apesar do país ser pequeno, as regiões têm climas diferentes. Um mesmo mês pode ser bom visitar uma cidade e ao mesmo tempo ruim para visitar outra.

Por isso, é fundamental que você primeiro decida que lugares quer conhecer no país e depois pesquise o clima deles (média de chuva e temperatura) com antecedência, antes mesmo de comprar a passagem aérea pra lá.

Se você escolher uma época chuvosa, por exemplo, e colocar uma cidade de praia no seu plano de viagem à Costa Rica, você não vai conseguir aproveitar nada. Além disso, tem lugares em que a cor da água da cachoeira muda completamente em período de chuva. Por exemplo, no passeio para o rio Celeste, que muitas pessoas fazem a partir da cidade de La Fortuna, tanto a cachoeira quanto o rio só ficam com a cor azul quando não tem chuva.

Aliás, é bem comum que as pessoas escolham a época errada para ir a La Fortuna e encontrem o Vulcão Arenal (a principal atração de lá) encoberto por nuvens boa parte do tempo. E ele pode ficar assim por dias e dias!

Minha viagem para a Costa Rica foi em abril e consegui pegar sol todos os dias, ver o Vulcão Arenal descoberto e mergulhar em praias com mar quentinho. Não peguei nenhuma chuva enquanto visitava as cidades de La Fortuna, Manuel Antonio, Tamarindo e San José. Portanto, recomendo essa época se você quiser fazer um roteiro parecido com o meu.

Vulcão Arenal descoberto. Foto: Marcelle Ribeiro.

2 – Ter expectativas altas sobre as praias da Costa Rica

A Costa Rica tem uma região que fica voltada para o Mar do Caribe e uma outra região que fica voltada para o Oceano Pacífico.

Porém, mesmo as praias voltadas para o Caribe, não têm a cor do mar azul-turquesa que a gente espera quando fala de mar caribenho. Quando você vai para Colômbia, México, Curaçao e Aruba, que também são países banhados pelo Mar do Caribe, a água é sempre azul clarinha ou azul-turquesa nas praias caribenhas.

Ah, e as praias voltadas para o Oceano Pacífico também não são azul-turquesa.

Dependendo da praia, o mar pode ser verde escuro ou até marrom (tanto na costa do Pacífico quanto no lado caribenho).

O mar mais claro que eu vi foi na praia de Avellanas, na cidade de Tamarindo. Fomos num dia de maré baixa e com piscinas naturais. Outra cidade em que vi o mar bem bonito foi Manuel Antonio, mas lá a água é meio verde. Lembra um pouco o mar de Paraty, no Rio de Janeiro.

Além disso, a maior parte das praias da Costa Rica têm areia escura, meio preta. Por isso, pode ser que você não ache elas tão bonitas à primeira vista, sabe?

Se quiser saber mais sobre as praias da Costa Rica, veja os posts O que fazer em Manuel Antonio e O que fazer em Tamarindo.

Playa Manuel Antonio. Foto: Marcelle Ribeiro.

3 – Achar que só dá pra viajar de carro

Há muitos textos e vídeos na internet falando que o ideal numa viagem à Costa Rica é alugar carro para se locomover de uma cidade para outra. Muitas pessoas, inclusive, falam que essa é a única maneira, como se fosse impossível viajar por outro meio de transporte. Isso é mentira! Eu viajei por dez dias pelo país sem carro alugado. Aluguei apenas numa única cidade, para conhecer as praias desta cidade, porque não tinha transporte público.

Eu fui de uma cidade para outra de ônibus e transfer compartilhado e consegui visitar os lugares mais famosos da Costa Rica assim. Se você quiser alugar carro, saiba que as estradas de lá são muito estreitas, cheias de curvas, com buracos e não são duplicadas. Além disso, não é se recomenda dirigir à noite por lá, por causa da pouca iluminação nas estradas.

Outra coisa que eu li antes de ir é que não apenas era fundamental alugar um carro, como também o veículo tinha que ser 4×4. Mas pelo que observei, não é preciso ter carro 4×4 não. Se você decidir alugar um veículo, ele pode ser de tração comum mesmo.

Ah, mas já adianto que é mais caro alugar carro na Costa Rica do que no Brasil, viu?

Li também que os funcionários das locadoras de automóveis supostamente fazem uma enorme pressão para os clientes contratarem um seguro completo para o veículo, o que encarece muito o valor total do aluguel. Porém, quando alugamos um carro em Tamarindo, não foi isso que observamos na prática. Contratamos o seguro de nossa vontade e nenhum funcionário ficou nos forçando a nada.

Como foi viajar de ônibus na Costa Rica?

Viajamos uma vez de ônibus na Costa Rica e foi bem tranquilo. Fomos  de San José para Tamarindo e o trajeto demorou mais do que se a gente fosse de carro ou de transfer compartilhado. Isso porque o ônibus faz muitas paradas no caminho para pegar passageiros. Porém, o ônibus estava em bom estado, tinha ar-condicionado e o motorista dirigiu de forma segura.

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Fizemos apenas uma parada para ir ao banheiro e comer alguma coisa numa lanchonete na estrada, que era limpinha. Eu achei pouco ter apenas uma parada, porque a viagem durou seis horas e não havia banheiro dentro do ônibus.

Como é viajar de transfer compartilhado na Costa Rica?

Você pode viajar de uma cidade para a outra da Costa Rica de transfer compartilhado (ou shuttle). Esse transporte é feito em vans limpas, aparentemente com manutenção em dia, com ar-condicionado e cadeiras que reclinam um pouco. É um transporte que me pareceu super bem organizado, tanto que várias empresas operam trajetos diversos.

A van te pega na porta do seu hotel no horário marcado e te deixa na porta do seu hotel na cidade desejada. Ela faz poucas paradas, apenas pra pegar passageiros que já tenham agendado (não pega ninguém sem agendamento). Além disso, as vans param também em locais na estrada com banheiros limpos e bonitos e lanchonetes (em média a cada 2 horas de viagem).

Todos os nossos motoristas dirigiram com cautela e foram pontuais. Ah, e nos transfers compartilhados você pode levar malas também.

Viajar de transfer pela Costa Rica não é muito barato, mas é mais rápido do que viajar de ônibus e uma boa opção para quem não quer alugar carro.

Comprei minhas passagens neste site, onde dá pra comparar preços e empresas e deu tudo certo. O site está em português.

Van em que viajamos. Foto: Marcelle Ribeiro.

4 – Achar que as viagens internas vão ser curtas

Olhando no mapa e analisando as distâncias de uma cidade para outra, a Costa Rica pode parecer pequena. Entretanto, como as estradas, em geral, não são duplicadas e são cheias de buracos e curvas, a viagem demora, mesmo que sejam poucos quilômetros. Muitas vezes a previsão do Google Maps não está de acordo com a realidade. Por isso, recomendo que ao planejar sua viagem à Costa Rica, você leve em consideração as previsões das companhias de ônibus e transfers.

5 – Fazer uma viagem à Costa Rica sem seguro

Uma viagem à Costa Rica tem vários riscos, como, por exemplo:

  • se machucar durante uma trilha
  • ser picado por mosquitos (em algumas cidades tem bastante, dependendo da época do ano)
  • passar mal depois de comer algo diferente
  • ter insolação por conta do calor que faz no país em determinadas épocas

Por isso, é importante viajar com um seguro viagem, apesar de a Costa Rica não exigir um para entrar no país.

Neste site, você encontra seguro viagem com até 30% de desconto de uma forma fácil e rápida. Já comprei por ele várias vezes e recomendo. Para saber mais, veja o post Seguro viagem para a Costa Rica.

Seguro Viagem:
America Central
AC 150 PROMOCIONAL AM. LATINA (Exceto EUA) COVID-19
Assistência médica USD 150.000
Bagagem extraviada USD 1.200
*Valor referente a 7 dias de viagem.
Affinity 40 Essential Mundo (exceto EUA) +Covid19
Assistência médica USD 40.000
Bagagem extraviada USD 500 (COMPLEMENTAR)
*Valor referente a 7 dias de viagem.
Novo UA 60 Am. Latina (exceto EUA)
Assistência médica USD 60.000
Bagagem extraviada USD 1.300
*Valor referente a 7 dias de viagem.

6 – Não ir preparado para os preços altos

Quanto custa viajar para a Costa Rica? É caro? Se você está com essas dúvidas, preciso te dizer que sim, é caro fazer uma viagem pra Costa Rica. Isso se deve principalmente ao fato de o país ser muito visitado por americanos, que têm um poder aquisitivo alto.

Foi muito difícil achar um hotel com a diária do quarto duplo a menos de US$ 100, mesmo olhando hotéis que não eram luxuosos. Além disso, comer na Costa Rica também é caro. Em 2025, uma lata de refrigerante, por exemplo, custava o equivalente a R$ 20. Leve isso em conta ao organizar sua viagem à Costa Rica.

7 – Não se planejar pra visitar o Parque Manuel Antonio

O Parque Nacional Manuel Antonio fica na cidade de mesmo nome e é o parque mais famoso do país. Ele tem praias lindas, calmas e com água verdinha. Por lá você também vê macacos, lagartos e bichos-preguiça, que são um dos animais símbolo do país. Por isso, ele provavelmente vai estar no seu roteiro de viagem à Costa Rica.

Porém, fique atento, porque o Parque Nacional Manuel Antonio fecha um dia da semana, que é a terça-feira. Inclusive, eu quase errei isso no meu planejamento, pois tinha me programado para ir ao parque justamente na terça.

Além disso, o parque é uma atração muito disputada. É importante que você compre os ingressos com antecedência no site oficial, porque o número de visitantes por dia é limitado. No site oficial, você escolhe o horário que quer entrar. Eu entrei às 8h e recomendo começar seu passeio por volta desse horário, porque tem muita coisa para conhecer por lá. Além disso, o parque fecha relativamente cedo, no meio da tarde.

Também é importante saber que é proibido levar qualquer tipo de comida para lá. Além disso, não é permitida a entrada com garrafas de plástico fino (dessas descartáveis). Eu comprei uma garrafa de plástico mais duro num supermercado da cidade. Mas recomendo que você pesquise os preços, que variam de maneira enorme de um lugar pra outro.

Bicho-preguiça no Parque Nacional. Foto: Marcelle Ribeiro.

8 – Achar que precisa de muitos dias pra conhecer o país

Eu passei 10 dias na Costa Rica e foi tempo suficiente para conhecer quatro cidades do país e os seus pontos turísticos sem correria, com folga. Eu recomendo que sua viagem à Costa Rica tenha pelo menos 7 dias. Tem gente que prefere ficar 15 dias, o que eu acho muito, porque os passeios podem acabar ficando repetitivos.

Veja quantos dias fiquei em cada cidade na minha viagem à Costa Rica:

Playa Langosta, em Tamarindo. Foto: Marcelle Ribeiro.

9 – Achar que viajar à Costa Rica é perigoso

Eu e meu marido achamos viajar para a Costa Rica é seguro. Nas praias, vimos pessoas deixando pertences na areia e indo entrar no mar sem nenhuma preocupação.

Além disso, não tivemos nenhuma notícia de assalto ou algo do tipo. Ninguém nos alertou sobre batedor de carteira, roubo e nem nada do tipo.

Quando visitamos San José, nosso guia falou que o centro da capital é seguro, mas que fica muito vazio à noite. Ele nos recomendou ter o mesmo cuidado que teríamos em qualquer outra capital do mundo.

Como eu viajei acompanhada, não posso dizer se é perigoso viajar sozinha por lá.

Teatro Nacional em San José. Foto: Marcelle Ribeiro.

10 – Achar que a Costa Rica não vale a pena

Vale a pena fazer uma viagem à Costa Rica se você gosta muito de natureza e já conheceu muitos outros países. Ou seja, se você quer aumentar a sua lista de países visitados e curte trilhas, animais e praias, ir para a Costa Rica é uma boa opção.

Falo isso porque você encontra praias mais bonitas que as da Costa Rica no Brasil mesmo ou em outros países da América Latina, como Cuba, México, Curaçao e Colômbia. Apesar de uma parte da orla da Costa Rica estar voltada para o Mar do Caribe, as praias de lá não são tão azul piscina ou azul-turquesa como nesses países que acabei de citar.

As praias costarriquenhas têm um tom de mar mais esverdeado (ou até marrom). Além disso, na Costa Rica a areia da praia em geral é bem escura (como em várias praias do litoral paulista).

E no fator “vida animal”, a Costa Rica se destaca? Em 10 dias lá, eu vi muitos macacos e micos (que já vi também no Brasil), mas me encantei mesmo foi com os bichos-preguiça, que são um símbolo do país. Eu já havia visto preguiças no Brasil antes, mas sempre num contexto de turismo exploratório de animais. Lá na Costa Rica, vi os bichos soltos na natureza, num parque nacional super protegido.

Além disso, também vi sapos super coloridos, como nunca havia visto em lugar nenhum do mundo.

Outra atração da Costa Rica são seus vulcões e parques de águas termais. Mas eu já tinha visto isso no Chile, que é um país mais fácil de chegar para nós, brasileiros.

Parque Termal Baldi, em La Fortuna. Foto: Marcelle Ribeiro.

Ainda ficou com dúvidas sobre turismo na Costa Rica? Escreva nos comentários.

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Marcelle Ribeiro: Jornalista, baiana, mas há mais de 20 anos moradora do Rio de Janeiro. Nos seus 40 anos de vida, já viajou sozinha e acompanhada. Casada, tutora do cão mais fofo do mundo e viciada em pesquisar novos destinos.