Voar de balão na Capadócia é sentir uma onda de tranquilidade

O sol nascendo na Capadócia. Foto: Sabrina Andrade.

É possível sentir uma tranquilidade imensa quando você está dentro de uma cestinha aparentemente frágil, a 700 metros de altura? É sim, senhor. Contrariando as minhas expectativas, voar de balão na Capadócia foi uma das coisas mais “zen” que já fiz na vida. Eu achava que seria uma coisa mais “adrenalina”, sabe? Mas foi muito melhor: foi mágico.

Os balões no céu da Capadócia. Foto: Sabrina Andrade.

Sobrevoar o céu da Capadócia enquanto o sol está nascendo me deu uma sensação de paz enorme. Impossível ficar indiferente ao “balé” dos balões: uma hora você está lá no alto e outra, pertinho do chão. E os seus companheiros dos balões do lado também vão se alternando assim.

Voar de balão é tão suave que quando a gente decolou eu nem percebi. Estava gravando um vídeo, e se meus amigos não me falassem, eu demoraria a notar. É como se você estivesse subindo de elevador. Nada de trancos ou solavancos, ou de ventania forte. Sério, não dá nem um pinguinho de medo. E o visual lá em cima é maravilhoso.

Os preparativos para fazer o balão subir. Foto: Sabrina Andrade.

Agora que eu já descrevi a sensação de voar de balão, vamos à parte prática!!!

Voamos pela empresa Urgup Balloons, uma empresa grande da Capadócia. Reservamos o voo quando ainda estávamos no Brasil, com a agência de viagens turca Peerless, com quem fechamos um pacote de passeios para a Capadócia. Só descobrimos lá, na hora, que voaríamos pela Urgup Balloons, que foi escolhida pela Peerless pela qualidade de seus pilotos. Pagamos uns 125 euros por pessoa, mas vale cada centavo.

O esquema é o seguinte. Às 4h30 da madrugada, um carro da agência passou para nos pegar no hotel. Fomos bem agasalhados, porque todo mundo diz que lá no alto, de madrugada, é bem frio (e é mesmo, mas não chega a ser insuportável). O motorista dirigiu uns 5 minutos e chegamos a uma casarão que serve de base para os turistas. Lá, tomamos um rápido café/chá com um pão sem nada, mais para nos aquecer. Ganhamos crachás coloridos, para saber para que balão deveríamos ir. Entramos no carro de novo, e 5 minutos depois, chegamos ao “estacionamento” dos balões. Tinha uns 20 balões recebendo ar quente e sendo preparados para subir. Depois de tirarmos umas fotinhos, já fomos chamados para entrar na cestinha do balão e tivemos ajuda para isso.

Cada cestinha é dividida em cinco partes. Na do meio, fica o piloto e uns tanques. Em cada um dos outros quatro compartimentos são colocados 5 turistas. É apertadinho, não leve bolsa ou mochila.

Vista da Capadócia do balão. Foto: Sabrina Andrade.

O voo propriamente dito demora cerca de uma hora e lá do alto você vê as formoções rochosas típicas da Capadócia, além de dezenas de balões. O piloto vai falando, em inglês, a altura em que o balão está. O máximo é 700 metros. Mas tem horas em que ele fica perto do solo, a uns 5 metros.

Passeio de balão na Capadócia é inesquecível. Foto: Sabrina Andrade.

Quando está na hora de pousar, o piloto dá as instruções. Os turistas devem se abaixar e segurar numas cordinhas presas à cestinha. O nosso pouso foi bem suave, foi um “tranco” bem de leve. Assim que pousamos, apareceram uns ajudantes para fechar a lona do balão e o nosso carro. Brindamos com champagne, recebemos um certificado e compramos fotos nossas dentro da cestinha. Depois, felizes da vida, voltamos de carro para o nosso hotel. Chegamos lá umas 7h30, a tempo de dormir mais um pouquinho e tomar café da manhã, antes de a agência nos pegar novamente para mais um dia de passeios.

Balão na Capadócia. Foto: Sabrina Andrade.

Saldo do passeio: simplesmente a coisa mais maneira que já fiz na vida!

 

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Marcelle Ribeiro: Jornalista, baiana, mas há mais de 20 anos moradora do Rio de Janeiro. Nos seus 40 anos de vida, já viajou sozinha e acompanhada. Casada, tutora do cão mais fofo do mundo e viciada em pesquisar novos destinos.

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