Serra da Canastra (MG): O que fazer, quando e como ir (Miniguia)
É difícil decidir o que fazer na Serra da Canastra. Essa região, composta por várias cidades de Minas Gerais, tem muitas cachoeiras. Além disso, ela é conhecida também por suas fazendas de queijo, o famoso “queijo canastra”, que é o carro chefe dessa localidade. Nesse post, eu te conto tudo sobre as atrações da Canastra, e ainda dou dicas de como chegar, quando ir e ainda falo do meu roteiro por lá. Se preferir, clique no índice abaixo.
Onde fica
Como chegar
Quando ir
Qual a melhor cidade para ficar
Onde se hospedar
Quantos dias ficar
O que visitar de dia
O que fazer à noite
Roteiro
O que fazer com chuva
A Cachoeira do Pilão está na Serra da Canastra. Foto: Marcelle Ribeiro.
Onde fica a Serra da Canastra?
Antes de saber o que fazer na Serra da Canastra, é importante entender onde ela está localizada.
A Serra da Canastra é famosa pelo Parque Nacional da Serra da Canastra, e ele fica entre as regiões Oeste e Sul de Minas Gerais. Ele abrange parte das cidades de São Roque de Minas, Capitólio, Vargem Bonita, São João Batista do Glória, Delfinópolis e Sacramento.
Considerando a cidade de São Roque de Minas, que é uma das mais importantes da Serra da Canastra (como explicarei a seguir) as distâncias são as seguintes:
- De Belo Horizonte: 320 Km (5h de carro)
- Desde São Paulo: 522 Km (7h30 de carro)
- Do Rio de Janeiro: 673 Km (10h30 de carro)
Qual a principal cidade da Serra da Canastra?
As principais cidades da região mais tradicionalmente conhecida como Serra da Canastra são São Roque de Minas e Vargem Grande.
Apesar de parte do território do Parque Nacional da Serra da Canastra estar em Capitólio, eu não vou abordar esta cidade neste post, porque considero que que ela é um destino que ficou tão famoso que merece ser tratado à parte. Por isso, se você quiser ver as dicas de lá, confira todos os nossos posts sobre Capitólio.
Serra da Canastra: Como chegar?
Você pode ir de carro ou de ônibus.
O aeroporto mais próximo da Serra da Canastra é o de Confins (BH), porque fica a 357 Km (5h15 de carro) de São Roque de Minas. Caso decida pegar um voo, eu recomendo o site Vai de Promo, que costuma ter boas ofertas.
Como chegar à Serra da Canastra de ônibus?
Não há ônibus direto desde Belo Horizonte. Por isso, primeiro você terá que ir de BH a Piumhi, que fica próximo a Vargem Grande e São Roque de Minas. A passagem deste trecho custa R$ 110 e dá pra comprar online. A viagem dura entre 3h40 e 4h15, dependendo do horário.
Em seguida, você tem que pegar um ônibus de Piumhi até São Roque de Minas ou Vargem Bonita. A empresa que opera esse trecho é a Transimão, mas ela não tem site. Nos telefones (37) 3431-1688 e (31) 3394-6600. 27,75 me informaram que a passagem de Piumhi para São Roque de Minas custa R$ 27 e há saídas as segundas, terças, quartas, sextas e sábado, às 6h e às 15h. A volta de São Roque para Piumhi são nos mesmos dias, porém às 8h15 e 17h15.
O mesmo ônibus que vai de Piumhi para São Roque de Minas passa em Vargem Bonita.
Contudo, caso você vá de ônibus, terá que contratar passeios em agências para conhecer as atrações da Serra da Canastra, já que o transporte público na região é raro. E isso pode encarecer bastante a viagem, porque os passeios não são baratos (até porque muitos são feitos de carro 4×4).
Parte baixa da cachoeira Casca d’Anta. Foto: Maridão.
Como ir à Serra da Canastra de carro?
Se você vier de carro, você vai conseguir usá-lo para conhecer algumas atrações, mesmo que ele seja baixo. Mas, é importante ressaltar que isso só será possível se você vier na temporada de seca. As estradas pioram bastante na temporada de chuva, porque são de terra e a chuva acaba deixando o trajeto precário.
Em alguns passeios, será necessário o uso de 4×4 mesmo na temporada de seca. Eu explico em quais à medida que falo dos passeios mais abaixo.
Caso você não tenha carro próprio e deseje alugar um, eu recomendo a Rentcars. Eu já aluguei carro mais de 20 vezes e nunca tive problema. Pelo contrário, gostei bastante.
Eu fui em abril, na temporada de seca, aluguei carro e só precisei fazer 1 passeio de dia inteiro de 4×4 (o da parte alta da cachoeira Casca D’Anta, a partir de São Roque de Minas), porque realmente a estrada é péssima. Mesmo estando de 4×4, o percurso é demorado.
Serra da Canastra: Quando ir?
A melhor época para ir à Serra da Canastra são os meses de abril, maio, setembro e outubro, porque neles chove pouco e a temperatura está agradável para tomar banho nas cachoeiras.
No inverno chove pouco, mas fica muito frio para entrar nas cachoeiras.
O verão é super chuvoso e as estradas ficam ainda piores. Dizem que mesmo os carros 4×4 muitas vezes não fazem os passeios. Veja na tabela abaixo a média de chuva e de temperatura mês a mês em São Roque de Minas, na Serra da Canastra.
Média de chuva e temperatura na Canastra. Foto: Climatempo.
Qual a melhor cidade para ficar na Serra da Canastra?
É importante checar o tempo de viagem entre as cidades da Canastra, porque ele pode ser maior do que o que você imagina. Pode levar até 4 horas para ir de uma cidade à outra desta região!
São Roque de Minas é a cidade com mais opções de pousadas e restaurantes, apesar de ter apenas 5 opções de lugares para comer. Porém, Vargem Bonita também é uma opção a se considerar, apesar de ter menos restaurantes.
Em meia de hora de carro você vai de São Roque de Minas a Vargem Bonita.
Onde se hospedar na Serra da Canastra?
De maneira, geral, mesmo nas cidades da Canastra com mais opções de pousadas, ainda assim elas são poucas. Além disso, não espere hotéis-fazenda nem nada perto de ser luxuoso. Tudo é beeeem simples.
São Roque de Minas, como eu disse, é onde há maior oferta. Veja abaixo algumas sugestões de pousadas e o nome da cidade onde cada uma delas fica.
- Apartamento Canastra: onde eu fiquei e adorei. Fica em São Roque de Minas.
- Refúgio Pé da Serra (São Roque de Minas)
- Aldeia Canastra Pousada (São Roque de Minas)
- Chalé Pura Vida (São Roque de Minas)
- Nascente do São Francisco (Vargem Bonita)
- Pato Mergulhão (Vargem Bonita)
- Serra da Matinha (São João Batista do Glória)
- Pouso Oliveira Suítes (São João Batista do Glória)
- Sempre Viva (São João Batista do Glória)
- Encantos do Cerrado (Delfinópolis)
- Céu da Canastra (Delfinópolis)
Veja mais dicas no post sobre onde ficar na Serra da Canastra.
O apartamento da Canastra tem diária fixa. Foto: Booking.
Quantos dias ficar na Serra da Canastra (MG)?
Dois dias inteiros é o mínimo recomendado e isso se você quiser só conhecer as atrações mais famosonas de todas, que são a parte alta da cachoeira Casca D’Anta e a parte baixa, mais algumas atrações próximas a elas.
O ideal é ficar 4 dias inteiros, porque assim você pode conhecer as principais atrações das cidades de São Roque de Minas e Vargem Bonita. Já se você tiver mais dias disponíveis, pode conhecer as cachoeiras de outras cidades da região.
O que visitar na Serra da Canastra (MG) de dia?
Antes de ler sobre o que fazer na Serra da Canastra, sugiro que você dê uma olhada no mapa abaixo. Ele tem apenas as atrações que estão dentro do Parque Nacional, mas já dá para ter uma ideia das concentrações de algumas atrações na regiões. Há muitas outras cachoeiras e atrações fora dele, sobre as quais também vou falar. Para ver o mapa maior, basta clicar na imagem abaixo.
Mapa do Parque Nacional da Serra da Canastra.
Além disso, vale a pena dar uma olhada neste mapa que eu fiz, com todas as atrações próximas das cidades de São Roque de Minas e Vargem Bonita, incluindo as cachoeiras e queijarias.
Como a região é grande, decidi mencionar as atrações dela de acordo com a cidade ou distrito aos quais elas são mais próximas. Assim, fica mais fácil você se organizar ao decidir o que fazer na Serra da Canastra. Eu recomendo, por exemplo, que você conheça num dia as atrações mais perto de uma cidade e depois num outro dia as mais próximas a outra cidade. Desta forma, você ganha tempo.
Atrações mais próximas do centro de Vargem Bonita:
A portaria 4 do Parque Nacional fica perto do distrito de São José do Barreiro, que pertence à cidade de São Roque de Minas. Porém, esse distrito é longe do centro de São Roque de Minas, bem mais perto do centro da cidade de Vargem Bonita.
Parte baixa da Cachoeira Casca d’Anta
Esta é a melhor cachoeira da Serra da Canastra e fica dentro do parque. É uma das mais altas do Brasil! São quase 200 metros de altura. A água bate tão forte nas pedras que você fica molhado com as milhares de gotinhas em poucos minutos só de estar perto.
Como é bem escorregadio ali, não recomendo tomar banho debaixo da cachoeira. Nós nos banhamos no leito do rio, alguns metros antes, onde era mais tranquilo.
A parte baixa da Cachoeira Casca d’Anta fica a 22 Km (50min) do Centro de Vargem Bonita. A estrada é de terra, mas dá pra ir num carro 1.0. A trilha para a queda d’água dura de 20 minutos (1,5 Km), é plana e fácil. A entrada é grátis.
Se você pretende ir ao Parque Nacional da Serra da Canastra num feriado, agende sua visita com antecedência no site do ICMBIO, por conta do limite diário de visitantes.
Cachoeira vista pela parte baixa. Foto: Marcelle Ribeiro.
Trecho calmo da parte baixa da Casca d’Anta. Foto Maridão.
Os mais aventureiros podem fazer uma trilha da parte baixa da Casca d’Anta para a parte alta por uma trilha curta, mas muito íngreme. São 3,3 km só de ida. Por isso, esteja preparado.
Piscinas do Tio Zezico
São piscinas naturais com águas bem geladas, super transparentes, calmas e de um verde bem lindo. Tem várias pedras onde você pode tomar um sol. As piscinas do Tio Zezico ficam em uma propriedade privada, a apenas 1,8 Km da portaria 4 do Parque Nacional. Por isso, quando estiver decidindo o que fazer na Serra da Canastra, minha dica é: aproveite para conhecê-las quando for visitar a parte baixa da cachoeira Casca d”Anta. Do centro de Vargem Bonita são 21 Km.
Você estaciona o carro a 10 metros das piscinas. Portanto, nem tem trilha. A entrada é R$ 10 reais (Abril/22).
As piscinas naturais do Tio Zezico são bem claras. Foto: Maridão.
Cachoeira da Chinela
Esta é outra cachoeira linda e alta. Ela tem um poço bom pra banho também, mais para o tom de verde escuro. A água era muito gelada, uma das mais frias que enfrentamos na Serra da Canastra. Porém, nós chegamos lá já no meio da tarde e ela já estava na sombra. Portanto, quando estiver decidindo o que fazer na Serra da Canastra, tente encaixá-la na parte da manhã do seu roteiro.
A estrada para lá é de terra, mas dá para ir com carro 1.0 baixo. Tem uma trilha curta, plana e fácil, de apenas 400 metros. A entrada custa R$ 20 reais por pessoa. São cerca de 8,4 km de distância do centro de Vargem Bonita até a Cachoeira da Chinela. Vale a pena conhecê-la no mesmo dia em que você for à parte baixa da cachoeira Casca d’Anta. Mas saiba que ela fica fora do Parque Nacional da Canastra, ok?
A Cachoeira da Chinela é bem gelada. Foto: Maridão.
Morro do Carvão
Quando eu pesquisei o que fazer na Serra da Canastra eu tinha planejado ver um pôr do sol bonito, mas infelizmente não deu tempo. Dizem que o Morro do Carvão é o lugar ideal para prestigiar esse momento do dia. Ele fica a a cerca de 7 Km depois das piscinas naturais do Tio Zezico e fora do Parque Nacional. Mas não sei se carro 1.0 sobe até lá.
Cachoeira da Lavrinha
A cachoeira da Lavrinha tem um bom poço pra banho, transparente. Planejei conhecê-la quando eu estava decidindo o que fazer na Serra da Canastra, mas chegando lá desistimos. É que apesar de termos ido na temporada sem chuvas, moradores da região nos disseram que a estrada para a cachoeira estava bem ruim para um carro 1.0, como o nosso. O caminho não é o mesmo que se faz para ir às outras atrações perto de Vargem Bonita.
Essa cachoeira fica a 12,2 Km do centro de Vargem Bonita e não fica dentro do Parque Nacional.
Cachoeiras do Sileno e do Pedro Belém
Ficam a 12 Km (25min) do centro de Vargem Bonita. Não conheci.
Atrações mais próximas do centro de São Roque de Minas:
A seguir, vou falar das atrações mais perto do centro de São Roque de Minas, mas é importante você entender que algumas ficam dentro do Parque Nacional da Canastra, com acesso pela Portaria 1, e outras fora.
Dentro do Parque Nacional (portaria 1):
- Nascente do Rio São Francisco
- Curral de Pedras
- Cachoeira Rasga Canga
- Parte Alta da Cachoeira Casca d’Anta
- Cachoeira dos Rolinhos
Mirante na parte baixa da Casca d’Anta. Foto: Maridão.
Apesar de termos ido em temporada sem chuvas (Abril), conhecemos todas estas 5 atrações acima num passeio de dia inteiro de 4×4, porque a estrada para elas é péssima mesmo em época seca. São muitas valas de pedra e mesmo o 4×4 passava bem devagar e com cuidado. É um passeio cansativo, porque você ficará bastante tempo no carro, apesar das 5 paradas. Porém, ainda assim, não deixe de fora ao decidir o que fazer na Serra da Canastra.
Pagamos R$ 150 por pessoa pelo tour compartilhado com o João Arantes (37 98808-5355). A entrada no parque é grátis.
Se você estará na região em feriado, não deixe de agendar com antecedência a sua visita no Parque Nacional da Serra da Canastra, independentemente se você vai com seu carro ou com passeio. É que há limite diário de visitantes. O agendamento é no site do ICMBIO.
Atrações fora do parque:
- Todas as cachoeiras do Complexo Capão Forro
- Cachoeira do Cerradão
- Cachoeira do Nêgo
- Queijarias
Nascente do Rio São Francisco
Quando eu estava pesquisando o que fazer na Serra da Canastra achei que conhecer a nascente do Rio São Francisco seria perda de tempo, porque pelas fotos ela mais parece uma poça. kkk. Ledo engano. Como sou nordestina, me emocionei ao ver o lugar onde nasce esse rio de quase 3 mil Km de extensão, que é tão presente nas letras de música do Nordeste (alô, Gonzagão!).
E fiquei surpresa ao ler que ele passa por 5 estados do Brasil: MG, BA, PE, SE e AL. Muitas pessoas nesses estados dependem dele para sobreviver. E sim, olhando a nascente ela parece de fato apenas uma poça cercada por mato. Mas ainda assim, é muito legal estar lá.
Nascente do “Velho Chico”. Foto: Marcelle Ribeiro.
Parte alta da Cachoeira Casca d’Anta
Na portaria 1 do Parque Nacional da Serra da Canastra é que fica a parte alta (topo) da cachoeira Casca d’Anta. E adivinha? Ela é formada pelas águas do Velho Chico!!
Na parte alta tem piscinas naturais bem tranquilas e ótimas pra banho. Tem um mirante também, de onde você vê as montanhas da região. Contudo, nem dele e nem das piscininhas não dá pra ver a queda da Casca d’Anta toda. A trilha para o mirante dura 15 minutos (só de ida) e é bem íngreme.
Primeiras quedas da parte alta da Casca d’Anta. Foto: Maridão.
Vista do mirante da parte alta da Casca d’Anta. Foto: Maridão.
Cachoeira Rasga Canga
Esta cachoeira tem uma queda d’água de 15 metros e um bom poço pra banho. A trilha para ela tem apenas 200 metros, que você faz em 10 minutos. É outra atração do portaria 1 do Parque Nacional.
Eu optei por ir de 4×4 até a Cachoeira Rasga Canga. Foto: Maridão.
Cachoeira dos Rolinhos
A Cachoeira dos Rolinhos foi onde tomamos o banho mais gostoso na região, porque o poço dela é uma delícia, grande, e a água estava numa temperatura ótima! Além disso, ela tem uma área para uma “hidromassagem natural” imperdível, e muitos peixinhos! A queda d’água tem cerca de 15 metros de altura. Por isso, não deixe ela de fora do seu roteiro quando for decidir o que fazer na Serra da Canastra, ok?
Para acessar a Cachoeira dos Rolinhos você deve passar pela água da Rasga Canga, porém é bem rápido. Ambas ficam no Parque Nacional.
A Cachoeira dos Rolinhos é de uma beleza sem igual. Foto: Maridão.
Curral de Pedras
O Curral de Pedras é um local que, antes da criação do Parque Nacional, era usado para a pecuária. Ele foi feito à mão, pedra por pedra. No entanto, esta foi a atração mais sem graça que conhecemos. Por isso, quando for decidir o que fazer na Serra da Canastra, pode deixá-la fora do seu roteiro sem dó.
Eu não tive essa opção, porque fui num tour compartilhado de 4×4. A parada lá é rápida, uns 20 minutos, mas ainda assim eu preferia ter usado esse tempo nas cachoeiras.
O Curral de Pedras foi construído sem argamassa. Foto: Marcelle Ribeiro.
Complexo de Cachoeiras Capão Forro
Tem muito o que fazer na Serra da Canastra fora do parque nacional. E a melhor atração com certeza é o complexo de cachoeiras Capão Forro.
Localizado a 6 Km do centro de São Roque de Minas (20min de carro), ele tem 5 cachoeiras: da Mata, do Lobo, do Capão Forro, do Pilão e a do Cipó, todas próximas umas das outras. Mas como elas são muitas, reserve um dia inteiro para conhecê-las. A entrada custa R$ 30 (abril/22). Não há restaurantes ou vendinhas por perto.
Não é necessário vir com guia para conhecer o complexo, porque as trilhas são bem sinalizadas. A seguir, falarei mais das atrações dele.
Cachoeira da Mata
Esta é a cachoeira mais bonita do complexo, alta e com um poço lindo e grande (apesar de gelaaaaado). Tem muito espaço para tomar sol nas pedras. Ela é a mais distante da entrada. Mas fique tranquilo, porque a trilha até ela tem apenas 800 metros, e é de dificuldade fácil. Após o meio-dia quase não tem sol na área dessa cachoeira.
A Cachoeira da Mata tem muita vegetação ao redor. Foto: Maridão.
Cachoeira do Lobo
A Cachoeira do Lobo fica meio escondidinha entre as pedras e é bem alta. Porém, o poço é bem pequeno. Ela é a mais fácil de chegar desse complexo, porque a trilha até ela leva 10min e é plana.
A Cachoeira do Lobo é bem alta. Foto: Maridão.
Cachoeira Capão Forro
A cachoeira que dá origem ao nome do Complexo é a mais alta que as demais, com 50 metros de altura. Há um poço grande para banho, mas quando chegamos ele já estava quase todo na sombra. Por isso, a água estava um gelo! Apesar de a Capão Forro estar a menos de 50 metros de distância da cachoeira do Lobo, ir de uma pra outra pode ser desafiador, porque você terá que passar por muitas pedras pontudas.
A Cachoeira Capão Forro é a principal do Complexo. Foto: Maridão.
Cachoeira do Pilão e a Cachoeira do Pulo
Estas duas cachoeiras são bem menos visitadas, porque a trilha até elas, apesar de curta (100 metros) tem trechos em que você tem que andar sobre pedras grandes e pontudas. É um pouco íngreme, e é preciso cuidado. Ambas têm poços grandes para banho, de um verde mais escuro.
Nós só tomamos banho na do Pilão, que tem um poço bem fundo e verde escuro e uma queda d’água baixinha. Ficamos sem entender como descer até a cachoeira do Pulo (ou Cipó) e vimos ela apenas de cima para baixo, da piscina da cachoeira do Pilão.
A Cachoeira do Pilão é gelada. Foto: Maridão.
Cachoeira do Pulo vista da cachoeira do Pilão. Foto: Marcelle Ribeiro.
Cachoeira do Cerradão
Outra opção bacana para quem busca o que fazer na Serra da Canastra é a cachoeira do Cerradão. Ela tem 110m de altura em três lances de queda e é uma das mais altas da região. Os poços para banho são deliciosos e neles bate bastante sol. Há uma boa área para descansar nas pedras.
A cachoeira fica numa Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) a 10 Km do centro de São Roque de Minas (30min de carro). A estrada é de terra, mas carro 1.0 chega sem problemas. A trilha tem 1,5 Km (25min só de ida) e é de dificuldade média por ter algumas subidas. A entrada custa R$ 35 (abril/23).
Cachoeira do Cerradão. Foto: Maridão.
Cachoeira do Nêgo
Essa cachoeira é uma ótima dica para quem busca o que fazer na Serra da Canastra mas quer o mais absoluto sossego. E ainda reserva surpresas lindas! Quando eu e maridão fomos, só nós dois estávamos lá. Isso mesmo! Por horas! Essa foi uma das surpresas, mas não a melhor.
É que um tamanduá enorme cruzou na nossa frente na trilha, bem calmo e sereno, comendo. Gente, quase chorei de emoção ao ver um bicho tão lindo e grande de tão perto, no habitat natural dele! Além disso, vimos um cupinzeiro de 1,65m de altura e muitas vacas no caminho. Mas calmas, elas eram mansas! kkk
Na verdade nessa fazenda particular há duas cachoeiras. A mais alta tem 50 metros de altura e um poço grande para banho, bem verde escuro. Mas como fomos de tarde, ele já estava na sombra. Para acessá-lo fizemos uma trilha de 1,5 Km (apenas ida) em 25 minutos. Como ela tem subidas, é considerada de dificuldade média.
A Cachoeira do Nego: essa é a mais alta. Foto: Maridão.
Já a outra cachoeira tem 20 metros de altura, um poço pequeno e bem raso e fica mais próxima da sede da fazenda. A entrada custa R$ 20 (abril/22). Não é necessário guia.
Queda mais baixa na fazenda do Nego. Foto: Maridão.
Queijaria É nóis na Canastra
Além das cachoeiras, outras importantes atrações da Serra da Canastra são as queijarias, que produzem queijo Canastra há mais de 200 anos. Ele é considerado Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Eu sou apaixonada pelos queijos da Canastra, que vão do sabor mais suave do meia cura aos mais fortes do curado até do queijo de mofo (é delicioso!). Por isso, quando você for decidir o que fazer na Serra da Canastra, coloque pelo menos uma queijaria no seu roteiro. São várias delas.
Nós conhecemos algumas em dias chuvosos e outras até no final da tarde, depois de um roteiro cheio de cachoeiras. Mas atenção, porque o acesso a algumas queijarias é por estrada de terra, que pode estar ruim. As que indico aqui você acessa por estradas de terra, mas todas são boas. E não ficam muito distante do centro das cidades.
Uma das que visitamos foi a “É nóis na Canastra”, que tem queijos baratos, se comparados a outras queijarias da região. Lá tem peças inteiras por R$ 50 (abril/23). A prova dos queijos é grátis. É só chegar, não precisa de agendamento prévio. Lá também tem um restaurante simples que abre para almoço. Fica a 3Km do centro de São Roque de Minas.
Variedade de queijos no É nóis na Canastra. Foto: Marcelle Ribeiro.
Queijaria Roça da Cidade
Das queijarias na Serra da Canastra que eu visitei, a Roça da Cidade foi a que tinha a visita mais bem estruturada. Na primeira vez que fomos, como era meio da tarde, não fizemos um tour pelas áreas produtivas. Porém, ainda assim uma funcionária nos explicou sobre os tipos de queijo deles e falou resumidamente sobre o processo produtivo.
Na segunda vez fomos no final da tarde, e nos juntamos a outros turistas numa visita guiada gratuita. Vimos as vacas e bezerros, o curral, a área em que o leite é ordenhado, e as salas dos queijos. Foram quase 40min de explicações. E claro, tem sempre prova dos queijos! Ou seja, é uma ótima dica se você busca o que fazer na Serra da Canastra e quer dar uma variada nas cachoeiras.
Ah e um dos queijos da Roça da Cidade foi premiado na França. É claro que comprei! A queijaria fica a 3 Km de São Roque de Minas. Não precisa agendar a visitação, é só chegar dentro do horário de funcionamento.
Amamos a visita guiada da Queijaria Roça da Cidade. Foto: Marcelle Ribeiro.
Queijaria do Gilson
Nessa queijaria eles fabricam apenas 3 tipos de queijo, que são ótimos (e baratos!!!). Porém, não dá pra fazer um tour. Você vê parte da área de produção por um vidro. Ou seja, é um lugar bom para comprar o queijo somente, não tanto como atração.
Queijaria Capim Canastra
Esta queijaria também tem uma visita guiada, mas ela é bem mais rápida que a da Roça da Cidade. Vimos algumas salas com queijos e inclusive uma espécie de “caverna” para maturação de queijos diferentes. A visita é gratuita e não é necessário agendar. Basta chegar. Contudo, se quiser provar os queijos , há uma taxa de R$ 10 (abril/23). Mas vale a pena, porque você prova diversos tipos e bem à vontade.
A Capim Canastra também teve queijo premiado na França. Ela fica a 5 Km do centro de São Roque de Minas.
Capim Canastra cobra pela degustação. Foto: Marcelle Ribeiro.
Atrações mais próximas de São João Batista da Serra da Canastra
São João Batista fica próximo à portaria 2 do Parque Nacional da Canastra. Nós não visitamos, mas seguem algumas atrações da região abaixo. As duas primeiras ficam dentro do parque. As demais, fora:
- Cachoeira do Fundão: O acesso a ela só é possível com o uso de carro 4×4. A trilha até ela tem 1,5 Km.
- Garagem de pedras: é um antigo entreposto e garagem de uma fazenda. Lá tem um mirante.
- Cachoeira do Jota
- Cachoeira Bárbara
- Cachoeira Boa Vista
Atrações perto de outras cidades:
Perto de Delfinópolis, São João Batista do Glória e a Capitólio há dezenas de cachoeiras.
O que fazer na Serra da Canastra à noite?
Não há muito o que fazer na Serra da Canastra à noite. Saia para jantar. Mas não espere muita variedade. Em São Roque de Minas, onde eu me hospedei, só tinha três restaurantes.
Serra da Canastra: Roteiro
Meu roteiro foi assim:
1º dia – Vargem Bonita: parte baixa da cachoeira da Casca d’Anta + piscinas naturais do Tio Zezico + cachoeira da Chinela
2º dia – Passeio de 4×4 pela parte alta do parque, em São Roque de Minas: Nascente do Rio São Francisco + parte alta da cachoeira Casta d’Anta + Curral de Pedras + cachoeiras dos Rolinhos e Rasga Canga + Queijaria Roça da Cidade
3º dia – São Roque de Minas: cachoeiras do Complexo Capão Forro + queijaria do Gilson
4º dia – São Roque de Minas: cachoeiras do Cerradão e do Nego + Queijaria Capim Canastra
O que fazer na Serra da Canastra em um dia?
Faça o mesmo passeio de 4×4 que eu fiz, pelas atrações da portaria 1 do Parque Nacional, perto de São Roque de Minas: Nascente do Rio São Francisco + parte alta da cachoeira Casta d’Anta + Curral de Pedras + cachoeiras dos Rolinhos e Rasga Canga + Queijaria Roça da Cidade.
O que fazer na Serra da Canastra em 2 dias?
- 1º dia – Passeio de 4×4 pelas atrações da portaria 1 do Parque Nacional
- 2º dia – Vargem Bonita: parte baixa da cachoeira da Casca d’Anta + piscinas naturais do Tio Zezico + cachoeira da Chinela
Não esqueça de colocar a parte baixa da Casca d’Anta em seu roteiro. Foto: Maridão.
O que fazer na Serra da Canastra em 3 dias?
Nos dois primeiros dias, faça o roteiro que sugeri para quem tem 2 dias de viagem. No terceiro, visite as cachoeiras do Complexo Capão Forro.
O que fazer na Serra da Canastra com chuva?
Visite as queijarias, porque elas são cobertas. Porém, procure queijarias de fácil acesso, porque algumas delas podem estar com a estrada precária por conta da chuva. Todas que indiquei aqui são próximas ao centro de São Roque de Minas e têm estradas boas.
E você, tem mais dicas sobre o que fazer na Serra da Canastra? Escreva nos comentários!
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Nossa ótima dica gratidão pelas informações era tudo que precisava