Roteiro de 15 dias na Itália: quais cidades visitar? Veja dia a dia

postado por Marcelle Ribeiro e atualizado em: 30/05/2025

Uma viagem pela Itália é o sonho de muitos brasileiros. Mas quantos dias passar na Itália? E como montar um roteiro otimizado e diversificado para o país? Eu e o maridão fomos duas vezes para lá, em viagens complementares. Numa primeira vez, passamos 3 dias em Roma. Depois, retornamos e passamos mais 11 dias entre Veneza, Toscana e Costa Amalfitana. Por isso, hoje eu vou dar dicas práticas e resumidas para um roteiro de 15 dias na Itália.

Se preferir, clique no índice abaixo e vá direto ao que te interessa.

Quantos dias na Itália?
Resumo do meu roteiro de viagem na Itália
Por que não aluguei carro?
Versão completa do meu roteiro na Itália
Dicas para quem tem mais tempo

história Roma roteiro 15 dias Itália

Pantheon, em Roma. Foto: Marcelle Ribeiro.

Quantos dias ficar na Itália?

Se você tem pouco tempo, fique apenas na capital. Eu conheci Roma em 3 dias e foi suficiente (deu inclusive pra turistar no Vaticano). Mas, se você quer ter uma ideia mais geral das principais cidades da Itália e não vai em época de calor, passe 10 dias. Dessa forma, você consegue ir também a Florença (incluindo Pisa e outras cidades) e Veneza.

Agora, se você vai num mês mais “quentinho”, tipo entre junho e setembro, passe 2 semanas, porque aí dá pra incluir alguma região de praia. Eu conheci a Costa Amalfitana (onde fica a famosa ilha de Capri).

Ou seja, um roteiro de 15 dias na Itália é o ideal. Foi essa quantidade de dias que eu passei no país no total e eu consegui ver vários dos melhores destinos na Itália:

  • Roma (com Vaticano)
  • Florença
  • Pisa
  • San Gimignano
  • Assis
  • Siena
  • Pompéia (com passada rápida em Nápoles)
  • Costa Amalfitana (Capri, Sorrento, Positano, Amalfi e Ravelo)

É claro que decidir que cidades visitar na Itália não é fácil, porque são muitos lugares lindos e interessantes. Eu mesma ainda quero voltar para conhecer as praias lindas da Sardenha e explorar mais as vinícolas da Toscana. São tantas atrações que dá vontade de fazer outro roteiro de 15 dias na Itália!

história anfiteatro coliseu

Coliseu, em Roma. Foto: Marcelle Ribeiro.

Meu roteiro de 15 dias na Itália: Resumido

Como eu disse, primeiro passei três dias apenas em Roma e, anos depois, voltei e fiquei mais 11 dias na Itália, em outras regiões. Por isso, eu vou “somar” aqui estes dias para te dar uma ideia de como seria um roteiro de 15 dias na Itália, ok?

Primeiro, vou explicar como foi, de forma beeem resumida, o meu roteiro. E, na sequência, explico melhor o que fiz em cada dia e como foram os meus deslocamentos. Mas já adianto que não aluguei carro.

Meu roteiro de 3 dias em Roma ficou assim:

  • 1º dia: Vaticano (Museu do Vaticano, Capela Sistina, Basílica de São Pedro) + Castelo de San Angelo
  • 2º dia: Coliseu, Arco de Constantino, Palatino, Fórum Romano, Piazza di Campidoglio, Pantheon, Piazza Navona, Fontana di Trevi e Piazza di Spagna.
  • 3º dia: Piazza Del Popolo (com igrejas Santa Maria di Montesanto e Santa Maria di Miracoli), parque Villa Borghese, Trastevere (com Basilica di Santa Maria in Trastevere) e Boca della Veritá (com Igreja Santa Maria in Cosmedin).

 

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Roteiro em outras cidades da Itália

Na minha segunda viagem, o roteiro pela Itália foi assim:

Essa viagem eu fiz em um mês de maio.

prédio fachada turismo roteiro 15 dias Itália

Batistério de Pisa. Foto: Marcelle Ribeiro.

Por que não aluguei carro?

Eu preferi não alugar carro, embora saiba que é comum as pessoas alugarem quando fazem um roteiro de 15 dias na Itália, especialmente para conhecer regiões como a Toscana.

Preferimos ir de trem de uma cidade para outra e até que foi tranquilo. A malha ferroviária da Itália é ampla. Além disso, eles têm trens rápidos, que fazem distâncias mais longas em poucas horas. Porém, esses trens rápidos normalmente existem apenas entre cidades maiores. Por exemplo:

  • Veneza x Florença
  • Florença x Nápoles
  • Nápoles x Roma

Esses foram trechos que nós mesmos fizemos de trem rápido. Isso ajudou a otimizar nosso roteiro de 15 dias na Itália. Os trens eram bem conservados e pontuais. Compramos todas as passagens com antecedência.

prédio arquitetura roteiro 15 dias Itália

As construções de Florença são lindas. Foto: Marcelle Ribeiro

Como se locomover dentro das cidades?

Em Roma, não faz muito sentido estar de carro, porque o trânsito é confuso e nem sempre é fácil estacionar. Além disso, a gente conseguiu ver muitas atrações a pé mesmo. Mas em alguns momentos pegamos metrô e ônibus, como para ir ao Vaticano. Eu achei relativamente fácil andar de transporte público lá, viu?

Em Veneza, nem tem como andar de carro, fizemos tudo a pé mesmo.

Conhecemos Florença caminhando. Mas um carro teria sido útil para fazer os bate-voltas de Florença para Pisa, Siena e Assis. Não alugamos porque eu não sei dirigir e o maridão, que sabe, não queria ter que lidar com sinalização e regras de trânsito de outro país.

Com isso, acabamos usando muito os trens para ir de uma cidade da Toscana para a outra. Só que esses trens “normais” ou “regionais” são bem lentos e costumam atrasar. Passamos alguns estresses com eles. Além disso, alguns vagões estavam bem feinhos.

Para ir de Nápoles a Sorrento, na Costa Amalfitana, novamente usamos trem “regional”, que na época estava bem feio e mal conservado. Mas isso pode ter mudado desde então.

Mais opções de transporte

Vou deixar aqui outras sugestões de transporte que podem facilitar o seu roteiro de 15 dias na Itália.

 

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Roteiro de 15 dias na Itália mais detalhado

Quer mais informações sobre o meu roteiro de 15 dias na Itália? Veja abaixo! Clicando nos links você consegue comprar ingressos para as atrações, reservar transfers e também passeios que eu mesma selecionei, pensando nos mais bem avaliados, com bons preços e custo benefício (inclusive eu já fiz a análise de concorrentes!).

Dia 1: Roma

No 1º dia do roteiro em Roma, fomos ao Vaticano de ônibus + metrô. Saltamos super perto da Piazza San Pietro.

Visitamos o Museu do Vaticano, onde tem estátuas de mármore lindas, um jardim bonito, quadros, tapeçaria e… a Capela Sistina! Como aquele teto é lindo!!! Pena que quando chegamos lá, os guardas mandaram a gente andar rápido. Além disso, não podia tirar foto. Você pode ver mais sobre os museus do Vaticano no blog World by Isa.

Depois fomos nos maravilhar na Basílica de São Pedro, que é indescritível. Pense na maior basílica que você já entrou. Agora multiplique por 10 em tamanho e beleza!

Almoçamos ali perto e, como a gente tinha comprado o Roma Pass (um cartão que dá direito a transporte por vários dias em Roma e ingressos a várias atrações), atravessamos a rua e fomos ao Castelo de San Angelo. Honestamente, o castelo só valeu a pena pela vista de Roma. Lá dentro não tem nada de legal para ver e mais parece um antigo forte do que um castelo propriamente dito. Se a entrada nele não tivesse saído de graça, não acho que valeria a pena.

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Basílica de São Pedro, no Vaticano. Foto: Marcelle Ribeiro.

Dia 2: Roma

No 2º dia, fizemos uma visita guiada ao Coliseu, com hora marcada. Você paga um pouco mais caro, mas não pega fila nenhuma, e o guia explica cada detalhe do Coliseu, o que é especialmente legal.

Passamos caminhando pelo Arco de Constantino, pelo Palatino e entramos nas ruínas do Fórum Romano, que era local de encontro na Roma Antiga, de atividades sociais, religiosas e políticas.

Saímos do Fórum Romano e fomos para a Piazza di Campidoglio, que foi desenhada por Michelangelo. Lá ficam três palácios: o dei Conservatori, o Nuovo e o Senatorio. Não entramos nestas atrações nem no Museu Capitolini, que também ficam ali. Só tiramos umas fotos. Estávamos ali pertinho do Pantheon (fica na Piazza della Rotonda), então fomos lá conferir. Achei interessante a abertura central da cúpula, com quase 9 metros.

Na sequência, fomos à Piazza Navona, praça onde tem uma fonte, pequena e charmosa, e a embaixada brasileira. Em seguida, conhecemos a Fontana di Trevi. Sabe quando você se emociona ao chegar num lugar? Eu me emocionei com aquela fonte linda! Foi o meu lugar preferido!!! Jogamos moedinhas, tiramos mil fotos e tomamos o centésimo sorvete de Roma. Eita vida boa!

fonte estátuas moedas Roma

Fontana di Trevi, em Roma. Foto: Marcelle Ribeiro.

Nesse mesmo dia ainda tivemos fôlego e pernas para ir até a Piazza di Spagna, outra praça com uma fonte, onde também tem lojas de roupas de grife e a Scalinata di Spagna (uma escadaria enorme, onde o povo sentava para descansar).

Dia 3: Roma

Começamos o dia por uma praça bem diferente, a Del Popolo (do Povo). Ela não é a mais bonita, é verdade, mas é diferente porque tem duas igrejas idênticas, uma do ladinho da outra, a Santa Maria di Montesanto e a Santa Maria di Miracoli, construídas no século XVII. No meio da praça está o Obelisco Flaminio, feito em 1200 a.C. no Egito, e trazido para Roma.

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Igrejas idênticas na piazza del Popolo, em Roma. Foto: Marcelle Ribeiro.

De lá, pegamos um ônibus para o parque Villa Borghese, que é uma enorme área cheia de árvores e banquinhos, ótima para sentar e apreciar o visual. No meio do parque tem o Palácio Borghese, que abriga o Museu e Galleria Borghese, onde estão esculturas italianas do século XVII e XVIII. Uma pena que não conseguimos entrar no museu.

Descansamos um pouco e fomos conhecer o bairro Trastevere, que eu tinha lido que era peculiar. Dizem que lá você encontra a vida na Itália acontecendo, onde o povo vive mesmo. É meio isso, mas é um bairro feinho. Lá, fomos na Basilica di Santa Maria in Trastevere, que perto de todas as que já tínhamos visto, era a mais pobrinha.

Como era ali pertinho, fomos num ponto que atrai montes de turistas: a Boca della Veritá, que fica no hall de entrada da Igreja Santa Maria in Cosmedin (na Piazza Boca della Veritá). Ficamos um bom tempo numa fila só para colocar a nossa mão por alguns segundos dentro da boca de pedra, que, diz a lenda, “morde” quem contar uma mentira com a mão ali.

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Boca della Veritá, em Roma. Foto: Marcelle Ribeiro.

Dia 4: Veneza

Dá para ir de Roma a Veneza de trem ou avião. Pegamos um avião para o aeroporto Marco Polo, que fica numa cidade vizinha a Veneza, chamada Mestre. Depois, pegamos um barco para Veneza. Chegamos de manhã bem cedinho e fizemos check-in no hotel.

Em seguida, fomos passear por Veneza, que é imperdível. A cidade é “mágica”. É o único lugar do mundo em que paredes de casas descascando são bonitas. Você entra em ruelas estreitas que, a princípio, parecem perigosas, mas que, na verdade, dão charme ao lugar. Além disso, a cidade é romântica e você nem vai ligar de se perder nos labirintos das ruas.

Eu já tinha ouvido falar que a água dos canais de Veneza fede e que tem muito mosquito por lá. Não sei se é por que nos dois dias que passei lá o tempo estava lindo, mas a água dos canais não me pareceu o esgotão que eu estava esperando.

Depois de almoçar, fomos fazer um passeio de gôndola. Cabem umas 4 pessoas na embarcação, além do gondoleiro. Nosso tour saiu do Canal Grande, na altura da Ponte Rialto, passou por vários pontos interessantes (casa do antigo navegador Marco Polo, igrejas lindas…) e voltou à Ponte Rialto. Durou cerca de 30 min.

E, olha, vale muito a pena! Eu saí da gôndola dando pulinhos (literalmente) de felicidade e não parava de repetir: eu estou em Veneza! O gondoleiro vai explicando e mostrando os locais interessantes no caminho, além de contar sobre o funcionamento da gôndola, dos canais, etc.

À noite, jantamos em um dos restaurantes à beira do Canal Grande, ao lado da Ponte Rialto.

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Gôndola no canal de Veneza. Foto: Marcelle Ribeiro.

Dia 5: Veneza

No 5º dia, fomos logo cedo à Basílica de São Marcos. Conhecemos ela por conta própria por causa dos horários e filas, mas lá tem uma visita guiada e opções com audioguia.

Essa igreja tem uma parte que se chama “Tesoro”, onde ficam os presentes dados para a Igreja, e a “Pala D’Oro”, um impressionante mural de ouro e pedras. Também tem mosaicos de pedras, estátuas enormes de cavalos e uma vista linda da cidade. A visita agradou tanto que levamos quase 2 horas lá dentro. Por isso, vale a pena incluir no seu roteiro de 15 dias na Itália.

Almoçamos e depois subimos o Campanile (ou campanário) de Veneza, uma torre num canto da Praça São Marcos. A vista de lá é linda, mas não é tãaao diferente do que vimos no alto da Basílica São Marcos.

Em seguida, fomos ao Palazzo Ducale (ou Palácio dos Doges), outra atração imperdível em Veneza. Antes de existir a “Itália” como é hoje, Veneza era independente e megaforte. Nesta época, esse prédio era a casa do Doge (o governante máximo de Veneza), e onde funcionavam órgãos responsáveis por administrar Veneza. Além disso, lá ficava uma prisão. O passeio demorou umas 2h também e vale a pena.

Eu queria ter ido ao museu de vidro de Murano, mas como fechava cedo e como Murano é outra ilha, ia demorar para chegar lá e não daria tempo. Por isso, não fui.

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Pala D’Oro, em Veneza. Foto: Marcelle Ribeiro.

Dia 6: Florença

Continuando o nosso roteiro de 15 dias na Itália, pegamos um trem rápido de Veneza para Florença pela manhã. Ficamos hospedados em Florença, que é uma cidade bonita, mais central, grande, e tem uma boa malha ferroviária. Por lá, recomendo o Globus Urban Hotel, que é bonitinho.

Depois do check-in no hotel, fomos conhecer o Duomo, que, na verdade, é a cúpula da Igreja Santa Maria del Fiori, e é lindíssimo. Dentro da igreja, de interessante mesmo, só tem a cúpula do Duomo, que é decorada com uma gravura que remete ao inferno de Dante e ao céu. A igreja é linda pelo lado de fora. Aliás, dá pra fazer uma visita guiada ao Duomo.

Para chegar na cúpula, enfrentamos 463 degraus e a subida foi bem claustrofóbica. Mas valeu a pena, porque a vista lá de cima é maravilhosa. E no meio da subida, você passa por dentro da cúpula e pode apreciar os afrescos do Juízo Final muito mais de perto.

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Afrescos do Duomo. Foto: Marcelle Ribeiro.

Batistério, sorvete e mais

Ainda paramos para admirar o lindo portão do Batistério, todo dourado, com desenhos bíblicos. Não entramos no Batistério (que fica exatamente em frente ao Duomo), nem subimos no Campanário (porque a gente já tinha subido escada o suficiente pelo dia, né?).

Em seguida, almoçamos e tomamos o maravilhoso sorvete da Grom. Depois, fomos à Galleria dell’ Accademia, para onde já tínhamos comprado ingressos com antecedência. Eu recomendo que você compre as entradas antes porque costuma ter fila.

Nossa visita à Accademia foi rápida, porque não tinha tantas atrações. O mais legal de lá é a estátua original de Davi, feita por Michelangelo. Ela tem 5,2 m e é impressionante.

Mesmo cansados, fomos passear pela cidade a pé em seguida. Passamos pela Piazza della Signoria, praça onde tem várias estátuas de mármore lindas (inclusive uma cópia do Davi) e o Palazzo Vecchio (vimos só a fachada).

Além disso, andamos na Ponte Vecchio, onde há várias joalherias. O sol estava começando a cair, e o visual da ponte do rio Arno era lindo. Fechamos muito bem mais um dia do nosso roteiro de 15 dias na Itália!

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Portão do Batistério. Foto: Marcelle Ribeiro.

Dia 7: Florença

Acordamos tarde e fomos na Uffizi, o maior museu de arte da Itália. Ou seja, não pode faltar no seu roteiro de 15 dias na Itália, tá? Vimos quadros lindos, especialmente o Nascimento de Vênus e a Vênus de Urbino (que é polêmico, por ser um nu). Já havíamos comprado ingressos antecipadamente. Lá dentro tem muita coisa para ver, e levamos 1h30 visitando.

Descansamos um pouco no hotel e no caminho, passamos em frente à igreja Santa Maria Novella, que é linda. No fim da tarde, tentamos ir no Giardino di Boboli (que dizem ser um jardim lindo), mas não deu porque ele estava fechando. Dá pra comprar ingressos pra ele online.

Vimos a fachada do Palazzo Piti (que não tem nada demais) e pegamos um ônibus para fomos conferir o pôr do sol na Piazza Michelangelo, no alto da cidade.

Se você ficou curioso pra saber como é a visita, a Marcia, do blog Mulher Casada Viaja, conta como foi conhecer o Jardim Boboli e o Palazzo Pitti.

 

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Pôr do sol na piazza Michelangelo. Foto: Marcelle Ribeiro.

Dia 8: Florença com Pisa e San Gimignano

No nosso roteiro de 15 dias na Itália não podia faltar a famosa Torre de Pisa, né? Fomos de trem para lá pela manhã. A viagem saindo de Florença leva 1h10. Depois de desembarcar, caminhamos uns 30 minutos até a torre.

Ficamos por 1h tirando fotos da Torre, do Batistério e do Duomo, mas não entramos em nenhuma atração. Em seguida,  pegamos um trem de Pisa para a cidade de Poggibonsi. E depois pegamos um ônibus de Poggibonsi para San Gimignano.

A cidade de San Gimignano é medieval, uma gracinha. Ela tem 13 torres, construídas nos séculos XII e XIII. Almoçamos lá e conhecemos a igreja Collegiata. Logo depois, subimos os degraus da única torre da cidade aberta a visitação, a Torre Grossa. Vale a pena, porque a vista lá é linda.

Depois, pegamos o ônibus de San Gimignano para Poggibonsi e de lá um trem para Florença. Porém, o trem atrasou e ainda quebrou no caminho. Por isso, essa viagem de volta durou 2h30 ao invés de 10 (que seria o normal).

Saldo do dia: a visita a Pisa é obrigatória e San Gimignano também vale a pena. Mas perdemos muito tempo e paciência fazendo os deslocamentos sozinhos. Talvez fosse melhor ter contratado esta excursão para conhecer as duas cidades com transporte e guia, que inclui também Siena. Assim a gente teria otimizado tempo e evitado dor de cabeça!

torre inclinada Pisa roteiro 15 dias Itália

Torre de Pisa: inclua no seu roteiro de 15 dias na Itália. Foto: Maridão.

Dia 9: Florença com passeio para Assis

Fizemos um bate-volta de Florença para Assis, de trem. A viagem dura 2h40 foi bem tranquila. O trem saiu no horário e não precisamos fazer nenhuma baldeação.

Chegando a Assis, pegamos um ônibus e em 20 min estávamos no pé da Basílica de Assis. Ela é mais bonita por dentro que por fora. Lá tem afrescos de Giotto, que contam a vida de São Francisco.

Andamos um pouco em Assis, onde não tem muito o que ver…. Passamos pelo Tempo di Minerva, cuja fachada é do tempo dos romanos, de Augusto. Entramos, mas não vi tanta graça lá, não… A Basilica de Santa Chiara (ou Santa Clara), é meio mais ou menos também. Só entrei porque li que a santa, discípula de São Francisco, também abandonou tudo para cuidar dos pobres e da igreja.

Passamos umas 4 horas na cidade e voltamos para Florença de trem. Uma forma mais prática de chegar lá é reservando um passeio de dia inteiro.

Ou seja, não acho que Assis é um lugar imperdível para colocar no seu roteiro de 15 dias na Itália.

fachada basílica roteiro 15 dias Itália

Basílica de Assis. Foto: Marcelle Ribeiro.

Dia 10: Florença com passeio para Siena

A cidade de Siena fica a 1h de Florença e é, definitivamente, deve estar no seu roteiro de 15 dias na Itália.

Fomos pra lá de ônibus, que nos deixou pertinho da entrada do centro da cidade. Bastou caminhar uns 15 min e chegamos ao Duomo de Siena, que é belíssimo. Por fora, chamam a atenção as gárgulas (me lembrei da Catedral de Notredame, em Paris) e uma estátua com uma loba e duas crianças. Por dentro, é maravilhoso ver o piso cheio de desenhos repletos de significados. Ou seja, o Duomo é imperdível!

Depois entramos no Batistério, que tem uma pia batismal linda. Fomos ainda na Cripta, mas só vimos uns restos de pilastras…

Não entramos no Museo do Duomo nem no Campanário.

Em seguida, visitamos a famosa Piazza del Campo. É uma praça super diferente, que fica no meio de 17 paróquias. Tem um formato de leque e é inclinada. Numa ponta dela, está a Fonte Gaia, e na outra o Palazzo Pubblico (a prefeitura de Siena) e a Torre del Mangia.

Almoçamos e subimos os mais de 500 degraus da Torre del Mangia. A vista compensa! Fomos ainda no Museo Civico, mas ele decepcionou, porque não tem nada demais. Depois, voltamos a Florença.

Ah, também dá pra ir a Siena num passeio com guia e transporte saindo de Florença.

arquitetura antiga fachada duomo Siena

Fachada do Duomo de Siena. Foto: Maridão.

Dia 11 – Nápoles e Pompéia

O nosso roteiro de 15 dias na Itália também incluiu algumas cidades do Sul do país. Começamos o 11º dia de viagem indo de trem rápido de Florença para Nápoles. Após uma viagem de 3h, deixamos as malas num depósito de bagagens e pegamos outro trem, mas esse bem feio, para Pompéia.

Depois de 40 min, saltamos na estação Pompéia Scavi – Vila dei Misteri. Em seguida, visitamos o Sítio Arqueológico de Pompéia com audioguias, que são indispensáveis. Também dá pra contratar um guia arqueólogo lá.

Vimos o que sobrou da cidade que foi soterrada pela lama vulcânica e cinzas do vulcão Vesúvio em 79.

Estava fazendo muito calor. Comemos pó várias vezes. Mas valeu a pena o sacrifício e cansaço. Vimos corpos petrificados, o Fórum, os antigos restaurantes, a Casa do Fauno (uma casa de nobres), teatros… Um dos lugares mais curiosos foi o Lupanário, um dos bordéis locais. Tinha até cama de pedra e desenhos de posições eróticas.

Passamos 3 horas andando por lá. Vimos também o vulcão Vesúvio, que parece um morro qualquer.

copos petrificados museu arqueológico

Corpos petrificados em Pompéia. Foto: Marcelle Ribeiro.

Nápoles

Depois de visitar Pompéia, voltamos de trem para Nápoles. Na cidade, conhecemos o Museu Arqueológico de Nápoles. Lá tem esculturas enormes em mármore e o impressionante “Touro Farnese”, retirado das Termas de Caracalla, em Roma.

O museu é muito interessante. Lá estão várias obras de arte encontradas nas escavações de Pompéia, inclusive as obras eróticas. Sabia que para eles o “pinto” era considerado um objeto de sorte? Eles faziam amuletos com o órgão masculino.

A maior “roubada” do meu roteiro de 15 dias na Itália aconteceu em Nápoles. É que resolvemos caminhar pela cidade em busca da famosa pizzaria da Michelle, que apareceu no filme “Comer, rezar e amar”. Fica na Via Cesare Sersale, 1/3 – angolo Via P. Colletta. Porém, a pizza não era tão boa. Além disso, achamos Nápoles super feia e caótica.

Depois disso, pegamos as malas no depósito de bagagem e um trem de Nápoles para Sorrento, onde chegamos exaustos. Sorrento fica na Costa Amalfitana, um conjunto de cidades no sul do país. Além de Sorrento, alguns lugares famosos da região são Amalfi, Ravello, Positano e Capri.

Sorrento é um balneário charmoso, pequeno e com trem. De lá é possível chegar às outras cidades da Costa Amalfitana. Além disso, é mais barato se hospedar em Sorrento que nos municípios vizinhos.

Ficamos no Ulisse Deluxe Hostel, que adoramos. O quarto era enorme, com cama queen size, frigobar, TV, banheiro lindo com banheira, café da manhã gostoso e recepcionistas que ajudaram para caramba. Fica a 20 min a pé da estação de trem. O fato de nos hospedarmos em Sorrento nos ajudou a otimizar nosso roteiro de 15 dias na Itália.

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Dia 12 – Sorrento com passeio a Positano

Nesse primeiro dia na região, fizemos uma viagem de ônibus de 1h de Sorrento para Positano.

As construções de Positano ficam na descida de uma encosta, bem curioso. A água do mar lá é linda, bem transparente. No entanto a praia, como várias outras na Europa, é de pedrinha (não tem areia). Ou seja, você vai precisar de chinelos para entrar no mar.

Mesmo em maio, a gente conseguiu tomar banho no mar. Uma parte da praia de Positano é pública, mas no meio dela tem uma área reservada para cadeiras de sol pagas. Almoçamos por lá e voltamos de ônibus para Sorrento.

praia areia vulcânica roteiro 15 dias Itália

Praia de Positano. Foto: Marcelle Ribeiro.

Dia 13 – Sorrento com passeio a Amalfi e Ravello

Fizemos um passeio guiado em ônibus e nossa primeira parada foi em Amalfi. Lá, ficamos tomando sol na praia pública. O mar estava bem transparente, mas tinha um cantinho em que parecia que a água vinha do esgoto. A praia de Amalfi é legal, mas a de Positano é maior e mais bonita.

Uma pena que não deu tempo de ir na Catedral de Amalfi, que é linda!

Ficamos em Amalfi por duas horas. Depois, vimos o Duomo de Positano e vimos as lojinhas de lá. Em seguida, almoçamos na cidade de Scala (que não tem atração nenhuma).

praia mar areia guarda-sol

Praia de Amalfi. Foto: Marcelle Ribeiro.

Na sequência, fomos a Ravello, a “cidade da música”, que fica no alto de uma montanha. Foi em Ravello que o compositor clássico Richard Wagner se inspirou para compor a ópera Parsifal. E no final da primavera costuma ter um festival de música clássica na cidade, o Ravello Festival. Ele normalmente acontece na Villa Rufolo, um lugar lindo que visitamos.

Essa “vila”, na verdade, é uma construção do século XIII. Mas o lugar ficou abandonado por muitos anos. Atualmente ali tem uma parte da antiga casa, jardins bonitos, e uma vista do mar linda. Do alto, você vê as cidades de Maiori e Minori, que também ficam na praia. Passamos 1h30 em Ravello.

Gostei do passeio e acho que vale a pena incluí-lo no seu roteiro de 15 dias na Itália.

turista jardim paisagem roteiro 15 dias Itália

Jardim em Ravello. Foto: Maridão.

De volta a Sorrento após o passeio, o sol ainda estava forte. Então, fomos à praia da Marina Grande, em Sorrento mesmo. É uma vila de pescadores, com praia pública, mas bem feinha. Não gostei.

Dia 14 – Sorrento com bate-volta a Capri

Outra atração que não podia faltar no nosso roteiro de 15 dias na Itália era Capri! Por isso, no 14º dia, pegamos um ferry boat pela manhã no porto de Sorrento para lá. Chegamos em 40 min. Lá em Capri, contratamos um passeio de barco.

Vimos a Gruta Verde e o I Faraglioni (umas pedras interessantes). Depois, fomos para a Gruta Azul. Quando o sol bate na água do mar, ela fica com uma cor azul surreal de linda. Ficamos só uns 2 min dentro da gruta e o passeio durou 1h45. Ainda assim, valeu a pena!

gruta água azul claro passeio

Gruta Verde. Foto: Marcelle Ribeiro.

Depois do passeio de barco, pegamos o funicular na Marina Grande para ir à cidade de Capri propriamente dita. A ilha tem duas cidades que ficam bem no alto: Capri (mais animada, para ricos e famosos, cheia de lojas caríssimas) e Anacapri (menos badalada).

Na cidade de Capri vimos a principal praça, a Piazzeta ou Piazza Umberto I. Ela é pequena, charmosa e com vistas lindas do mar.

Também é possível fazer trilhas em Capri. Tem uma que começa na Via Tragana e chega até a Via Matermania, passando pela costa e por uma gruta romana, além do Arco Naturale, uma construção rochosa diferente. Nós só ficamos andando pelas ruas de Capri. Almoçamos e voltamos para Sorrento de ferry. Outra alternativa mais prática seria contratar um passeio completo de Sorrento a Capri.

De volta a Sorrento, fomos na última atração do nosso roteiro de 15 dias na Itália, a praia da Marina San Francesco. Mas não gostei muito, porque a praia não era tão bonita.

Outras cidades pra conhecer:

Se você tem mais tempo, pode conhecer as seguintes cidades:

Ficou com dúvidas sobre meu roteiro de 15 dias na Itália? Escreva nos comentários!

Leia também:

Comentários

  1. Vanessa Beck
    30 nov 2012

    Adorei seu roteiro, vou fazer bem parecido, mas agora em Dezembro e te conto sobre a volta de SG: se foi de trem ou onibus para florença.

  2. Elizabeth
    23 abr 2013

    Oiii
    Tu indicas ir de Firenze p/ Pisa e depois San Gimignano, Dá para ser Firenze p/San Gimignano e depois Pisa???
    Agradecida

    • 23 abr 2013

      Oi, Elizabeth,

      Dá para inverter a ordem sim, pode fazer San Gimignano antes sem problema. Mas cheque antes os horários de trem entre as cidades no site da Trenitalia, para jã chegar lá com a logística na sua cabeça.
      Obrigada,
      Marcelle

  3. ELIZABETH
    23 abr 2013

    Marcele!!!
    Do aeroporto de Roma p/ o centro ou algum bairro, não sei aonde ficarei, aliás podes me dar uma dica de hospedagem em Roma, barata, aceito Hostal. Qual é o deslocamento bom e barato??
    Agradecida

    • 23 abr 2013

      Oi, Elizabeth,
      Os hotéis e albergues mais baratos de Roma ficam perto da estação de trem Termini (de onde partem trens nacionais e internacionais e de onde sai o trem expresso para o aeroporto). Pertinho da estação de trem Termini há também um terminal de ônibus, de onde é fácil pegar transporte para qualquer lugar da cidade. É barata, mas não é uma região charmosa para se hospedar, porque na região não há restaurantes ou nenhuma atração. Eu fiquei num bed and breakfast simples, que na verdade era um quarto de um italiano.
      Abs,
      Marcelle

  4. GLAUCIA
    28 out 2017

    Oi Elizabete. Obrigada, estarei em Pisa 3 dias pretendo conhecer SanGemignano , Cinco Terras e Siena. Gostei das dicas e dos preços

  5. Silvia Barreto
    12 fev 2020

    Oi Marcelle,
    Quero fazer o bate volta de Florença a San Giminiano, de onibus, não de trem.
    Mas não estou conseguindo encontrar horários em lugar nenhum. Seria pra 27 Março
    Poderia me ajudar?
    Muito obrigada!!

  6. Cleide Maria de Oliveira Lovon Canchumani
    25 set 2024

    Oi Marcelle, estou pensando em ir de Florença a Pisa e depois de Pisa a San G., voltando depois para Florença para pegar o avião para o Brasil. Em Florença tem aeroporto internacional? Obrigada.

    • 30 jan 2025

      Oi, Cleide,
      Em Florença tem aeroporto, mas é pouco provável que você encontre voos saindo de lá para o Brasil. Os voos que saem da Itália para o Brasil normalmente saem de aeroportos maiores, como o de Roma e de Milão.
      Abs

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