Passeio de caiaque em Paraty (RJ): como é? Vale a pena?

postado por Marcelle Ribeiro e atualizado em: 24/03/2023

Fazer um passeio de caiaque em Paraty (RJ) é uma daquelas experiências diferentes de explorar a cidade e suas inúmeras praias e ilhas e de ter um contato mais próximo com a natureza. Além disso, é uma ótima maneira de evitar praias cheias e de conhecer cantinhos especiais. Hoje eu vou contar como foi a minha experiência com caiaque oceânico em Paraty e olha que eu tenho zero experiência em remar! 😉

O passeio em teoria dura 5h no total, sendo 4h remando, mas o nosso acabou durando 6h, porque somos lentas e não tão ativas fisicamente. Além disso, o vento não tava ajudando no horário, mas não quisemos acordar cedão para pegar ele numa condição melhor.

Saímos da Praia de Jabaquara, onde o guia Felipe, da Casa da Aventura*, nos explicou como deveríamos remar e deu todas as instruções. Optamos por ir de caiaque oceânico duplo, mas você pode usar caiaques individuais também.

Eu, que nunca tive muito jeito para caiaque, consegui aprender bem, e remei praticamente o tempo todo. E não virei o caiaque hora nenhuma na água! Rsrsrs

praia jabaquara passeio de caiaque em paraty

Saindo da Praia de Jabaquara. Foto: Marcelle Ribeiro.

O que se vê no passeio de caiaque em Paraty?

E que atrações você vê num passeio de caiaque em Paraty? Tudo vai depender do quanto você vai conseguir remar. Quem conseguir remar mais, vê lugares mais bonitos.

A nossa primeira parada foi na Praia das Conchas, que tem uns 100 metros só. Achei bonita, mas nada demais. Ficamos ali uns 20 minutos, alongando.

praia das conchas passeio de caiaque em paraty

Chegando na Praia das Conchas. Foto: Marcelle Ribeiro.

Depois, remamos por um pequeno mangue, que foi a parte que mais exigiu atenção, para não batermos nos galhos. Vimos caranguejos vermelhões na vegetação.

mangue passeio de caiaque em paraty

Driblando os galhos no mangue. Foto: Marcelle Ribeiro.

Na sequência, seguimos até a praia do Corumbê, que também é pequena e tem alguns bares com mesinhas. Essa eu achei a cor da água menos atraente.

Em ambas dá pra chegar de carro também, além de caiaque.

Praia do Corumbê. Foto: Marcelle Ribeiro.

Já estávamos cansadas aí, mas decidimos continuar e fomos até a Praia Rosa. Aí sim ficou bonito! A Praia Rosa tem um mar verde lindo, paradinho e transparente, mesmo num dia nublado. Linda!

Ela tem uns 200m a 300m só e várias amendoeiras para fazer sombra. Não tem estrutura de aluguel de guarda-sol ou cadeira, nem ninguém vendendo nada pra comer ou beber. Ficamos acho que 1h ali, curtindo banho de mar. O Felipe preparou um lanche gostoso pra nós na hora: frutas, cenourinha cortada e shoyo, além de chocolate. Foi ótimo para recuperar as energias.

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Nosso lanche no passeio. Foto: Marcelle Ribeiro.

Oportunidade de praia vazia no feriadão

Outra coisa legal foi que, mesmo sendo final de semana de feriadão, a Praia Rosa estava super vazia. Além de nós, só tinha umas 5 pessoas na areia. Ou seja, zero muvuca!

Dá para chegar na Praia Rosa de carro indo até o alambique Maria Isabel e depois fazendo uma trilha de cerca de 10 minutos.

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Praia Rosa, parada do passeio de barco em Paraty. Foto: Ticianne Ribeiro.

Quem rema mais, vê mais no passeio de caiaque em Paraty

Depois dessa pausa, decidimos tentar superar o nosso cansaço e remar até a Ilha do Malvão. Essa ilha também é bem pequena. Tem uma mansão e uma faixa de areia pequena também, que só dividimos com um casal. Pra chegar lá só indo de caiaque ou de barco.

Porém, não é comum que a Ilha do Malvão ou que esses locais que visitamos de caiaque sejam parte da rota dos passeios de barco em Paraty.

A Ilha do Malvão não tem tanta área de sombra e também não tem qualquer estrutura de aluguel de cadeira, barraca ou venda de comida e bebida. O banho de mar lá também é uma delícia!

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Ilha do Malvão. Foto: Marcelle Ribeiro.

Como foi remar tanto?

De lá, remamos direto de volta para a praia de Jabaquara. Foi a parte mais cansativa, porque já estávamos o dia inteiro remando. Paramos diversas vezes no meio do mar para descansar. Mas conseguimos!

No total, remei 10km! Nada mal pra alguém que faz apenas 30 minutos de yoga ou natação por dia todos os dias, né? E que nunca tinha remado de caiaque por mais que 30 minutos na vida! Rsrsrsrs

A ajuda do Felipe, da Casa da Aventura, foi fundamental. Ele soube nos manter motivadas o tempo todo. E percebeu quando estávamos cansadas e foi fazendo pausas ao longo de todo o dia. Aliás, uma coisa que ajudou muito foi ficar conversando com ele neste trajeto final enquanto remávamos. Me distraiu entre cada remada.

Ah, importante dizer que a Baía de Paraty tem zero ondas nesta região que remamos, então foi muito tranquilo.
Quem tem mais condicionamento físico consegue ver outras ilhas, como a Sapeca e a Comprida do Norte. Não deu pra gente, já fomos no nosso máximo.

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Eu e minha irmã remando. Foto: Marcelle Ribeiro.

E o cansaço no dia seguinte?

O que me surpreendeu foi que no dia seguinte a gente acordou bem, sem dor. Tanto que ainda remamos de stand up paddle. 😉

Afinal, valeu a pena? Sim! Mesmo num dia nublado e com vento não tão favorável, foi uma experiência de superação que nos permitiu conhecer a Baía de Paraty de uma forma diferente e ver lugares lindos! Porém, recomendo que você avalie se você tem pique para fazer, porque, como eu disse, as paradas mais bonitas não são as primeiras. 🙂

Este passeio custa R$ 170 por pessoa com a Casa da Aventura.

Pra quem tem mais preparo físico, há roteiros de caiaque de 2 a 5 dias para o Saco do Mamanguá e Cajaíba.

*Fizemos o passeio como cortesia da Casa da Aventura. O texto reflete a nossa real opinião sobre a experiência vivida.

Quer mais dicas do que fazer em Paraty? Veja o vídeo abaixo!

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