Passeio perto de San Francisco: Vinícolas em Napa e Sonoma

postado por Marcelle Ribeiro e atualizado em: 05/09/2019

Vinhos deliciosos, bate-papo sem frescura sobre a bebida, curiosidades sobre a produção desse preciso líquido e mesinhas no jardim para curtir o sol e uma refeição bacana. Tudo isso você desfruta em um passeio de dia inteiro a partir de San Francisco, na Califórnia, à região vinícola mais famosa dos Estados Unidos: o vale que abrange Napa e Sonoma. Esse foi o meu primeiro passeio quando cheguei a San Francisco no início de março desse ano, para passar o mês das férias estudando inglês. E foi um baita cartão de boas vindas.

Eu quero dizer desde já: não entendo de vinhos. Já sabia como segurar uma taça, mexê-la antes de beber, “cheirar” o vinho e dar o primeiro gole, porque minha mãe, que adora vinhos, já havia me ensinado. Mas o meu conhecimento sobre o assunto acaba por aí. O que sei é que tenho gostado cada vez mais dessa bebida, e como sou curiosa, quis fazer esse tour de vinícolas em Napa e Sonoma. E mesmo se você não sabe como segurar a taça direito, te digo: não se preocupe, você aprenderá lá, de maneira descontraída.

Napa e Sonoma ficam a cerca de 1h de carro do centro de San Francisco. Eu não sei dirigir e estava viajando sozinha, então fiz um tour para a região. O meu domingo começou às 8h15, com o transfer da agência de turismo me pegando no meu hotel. De lá, após uma parada na empresa, a Tower Tours, o ônibus com mais cerca de 15 turistas seguiu para Napa. Antes de partir, o guia nos deu a programação do dia e falou sobre as vinícolas que visitaríamos. No caminho, ele nos deu um tempinho para tirar um cochilo e depois foi explicando sobre a etiqueta de provar vinhos e sobre a região.

Por volta das 10h chegamos na Madonna Estate, uma vinícola em Napa. O tour começou com uma funcionária da vinícola contando que ali eles produzem vinho de forma orgânica e mostrando as plantas. Infelizmente não pude ver as uvas, porque março não é época de colheita (se quiser ver as uvas, vá em agosto ou setembro). Depois, seguimos para ver os enormes barris de madeira cheios de vinho.

Após cerca de 20 minutos, começamos as provas do dia!

 

Madonna State: Vinícola em Napa. Foto: Marcelle Ribeiro

Madonna State: Vinícola em Napa. Foto: Marcelle Ribeiro

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Madonna State: Vinícola em Napa. Foto: Marcelle Ribeiro

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Madonna State: Vinícola em Napa. Foto: Marcelle Ribeiro

Nós provamos 5 vinhos em Madonna State, que eram gostosos, mas confesso que não achei nenhum assim “um espetáculo” e não comprei nenhuma garrafa. Ah, em tempo: o preço médio das garrafas de vinho que provei na região de Napa e Sonoma era de US$ 20 + taxas. Comprei alguns até mais baratos que isso, após provar e amar (US$ 14 + taxas). Mas tinha também uns mais carinhos.

Dali, seguimos para a vinícola que mais gostei no passeio, a premiada Cline Cellars, em Sonoma. Lá não tem passeio para ver barris: você vai direto para a degustação. Mas o pessoal da vinícola é tão gente boa, simpático, que você se diverte só de ouvi-los. O combinado inicialmente era que provaríamos 5 vinhos, mas os funcionários/sócios se empolgam e deixam você provar TUDO que você quiser. E vai por mim, o vinho deles é excelente! E ali eu fiz as minhas comprinhas, com garrafas para presentar Mamis e Papis.

Em um passeio por vinícolas na Califórnia, não deixe de provar vinhos da uva Zinfandel. Originariamente da Croácia, ela foi trazida para essa região dos Estados Unidos e, como o clima de lá é propício, os vinhos dela fizeram a fama na Califórnia.

Na Cline, após provar os vinhos, pudemos dar uma voltinha na vinícola por nós mesmos. Tem fonte de água, um mini-museu sobre as missões jesuíticas da época do início da ocupação da Califórnia e mesinhas ao sol. Uma delícia.

Cline Cellars, vinícola em Sonoma. Foto: Marcelle Ribeiro

Cline Cellars, vinícola em Sonoma. Foto: Marcelle Ribeiro

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Cline Cellars, vinícola em Sonoma. Foto: Marcelle Ribeiro

 

Cline Cellars, vinícola em Sonoma. Foto: Marcelle Ribeiro

Cline Cellars, vinícola em Sonoma. Foto: Marcelle Ribeiro

Já era por volta de 13h e seguimos para a Sonoma Square, uma pracinha em Sonoma que além de ser um lugar gostoso para tomar um solzinho e deixar as crianças brincarem no parquinho, é um pólo de restaurantes, com opções para todos os bolsos. O guia nos indicou um restaurante mexicano, mas confesso que depois que vi uma grelha cheia de hambúrgueres na varanda da Cheese Factory, não resisti e comi o meu primeiro sandubão da viagem. A Cheese Factory é uma boa dica para quem quer provar queijos (provinhas ilimitadas gratuitas!) e outras delícias, porque é um misto de lojinha e lanchonete. Tem saladinhas prontas para levar direito ao caixa e sanduíches.

Eu peguei meu hambúrguer (paguei algo em torno de US$ 10 pelo hambúrguer) e preferi ir comer em um banquinho ao sol na praça ao invés de nas mesinhas da Cheese Factory. Uma pena que o sanduba estava mais bonito que gostoso, sabor apenas OK.

Tivemos cerca de 1h20 para almoçar, tempo mais que suficiente para eu dar uma olhada nos restaurantes da praça, pegar a fila para comer meu sanduíche, degustá-lo, e ainda passear na praça. Por ali tem a missão jesuítica da região, que preferi só fotografar de fora.

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Cheese Factory, na Sonoma Square. Foto: Marcelle Ribeiro

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Hamburguer da Cheese Factory, em Sonoma. Foto: Marcelle Ribeiro

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A Sonoma Square. Foto: Marcelle Ribeiro

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Missão San Francisco Solano, em Sonoma. Foto: Marcelle Ribeiro

Ali pertinho da Sonoma Square fica a nossa última parada, a vinícola Sebastiani. Ela não tem o estilo familiar como a Madonna State nem a Cline, é maior, menos “butique”. O tour é interessante, começa em uma sala com barris gigantescos, alguns decorados, e explicação do processo de fabricação. A guia fala inglês e espanhol. Na mesma sala onde ficam os barris, provamos cinco vinhos. Achei gostosos. Um era bem diferente, meio apimentado. Tinha também um branco delicioso (que eu não resisti e comprei pra trazer!). A guia explicou sobre como se fazia vinho antigamente, como máquinas mais rudimentares, que podemos ver também. No final, você fica à vontade para circular pela vinícola mais uns 20 minutinhos. Eu ainda provei vinhos com chocolate, muito gostosos.

O bacana desse passeio é que em nenhum momento me senti pressionada a comprar vinhos. Se eu quisesse, poderia ter ficado só nas degustações (que já estavam incluídas no tour). E não entender muito de vinhos não atrapalhou nem um pouco o passeio.

Também não terminei o dia bêbada: para que a gente prove cada vinho eles servem apenas um pouco da bebida (um “dedinho” na taça). Ao longo do dia, provei 18 tipos de vinho (tintos, brancos, rosés, espumante, com chocolate), sempre intercalando com um pouco de água. Aliás, uma dica super importante: leve uma garrafa de água com você, para economizar. Nem todas as vinícolas dão água grátis durante a degustação e você vai ficar com sede de água na hora das provas. Comprar água lá nem sempre é barato. Além disso, a água é boa para limpar as papilas gustativas. Outra dica é levar um biscoitinho para comer nas provas, na bolsa, de preferência um com um gosto salgado e leve, porque também ajuda a limpar o paladar. Apenas na última vinícola, a Sebastiani, nos deram água e biscoitinhos grátis. Nas demais, a água era cobrada.

Depois da terceira vinícola voltamos para o ônibus e rumamos de volta para San Francisco, onde chegamos por volta das 17h.

Esse passeio custa US$ 88, e inclui todas as provas de vinho mencionadas, mas não inclui o almoço. O Viciada em Viajar fez o passeio a convite da Tower Tours, que nos presenteou com um tour grátis. Vivenciei a mesma experiência que outras pessoas que pagaram pelo tour.

 

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