Vila de São Jorge: Dicas e atrações da Chapada dos Veadeiros
A Vila de São Jorge é uma das bases para quem deseja conhecer a Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Em resumo, o viajante fica com uma ótima localização para conhecer as cachoeiras, trilhas e vales da região, já que é onde fica a entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. De fato, é uma viagem inesquecível e há muito o que fazer na Chapada dos Veadeiros. Por isso, reuni minhas principais dicas neste post, para você montar o seu roteiro a partir da Vila de São Jorge.
Em primeiro lugar, apenas para você entender, São Jorge é uma vila, com ruas de terra, pousadas, campings e restaurantes. Não tem farmácia, apenas poucas lojinhas bem simples, uma mercearia e um mercadinho. Eu gostei porque adoro ter restaurantes pertinho do hotel e poder evitar o carro à noite.

Cachoeira de Almécegas 1, na Chapada dos Veadeiros. Foto: Marcelle Ribeiro
Cachoeiras na Vila de São Jorge | Chapada dos Veadeiros
Cachoeiras Almécegas 1 e 2
A cachoeira Almécegas 1 e 2, na Chapada dos Veadeiros, na verdade são 2 quedas d’água próximas e, apesar do nome delas parecer difícil , a trilha para lá é fácil e curta. Com direito a uma piscina deliciosa para banho.
Almécegas 1 e Almécegas 2 ficam na Fazenda São Bento, na estrada entre a Vila de São Jorge e Alto Paraíso de Goiás.
Na portaria da fazenda, paramos para comprar água e água de coco, ir ao banheiro e logo pagamos a taxa de R$ 20 por pessoa que dá direito a ir às duas cachoeiras. Depois do portão, dirigimos por 3 km numa estradinha de terra para Almécegas 1 (que tem 50 metros de altura), estacionamos e depois fizemos uma trilha de cerca de 1,5km (só de ida).

Cachoeira de Almécegas 1. Foto: Marcelle Ribeiro
Cachoeira Almécegas Chapada dos Veadeiros: precisa de guia?
A trilha tem placas, não é necessário guia. Sugiro que você primeiro siga as placas para o mirante, tire fotos e depois continue essa trilha para descer 600 metros de trilha íngreme para o poço d’água formado pela cachoeira Almécegas 1.
Esse poço é fundo, mas você pode ficar na parte rasa (pequena) ou nadar até debaixo da queda d’água (foi isso que fizemos). Depois, suba a escada de pedra e volte pela mesma trilha até encontrar a bifurcação onde verá as placas das “corredeiras”. Dali, ande mais uns metros e chegue até piscinas calmas formadas entre as pedras (no alto de Almécegas 1). Estique a canga e curta um sol ali, tomando mais um banho.
No total, você andará 3 km para visitar Almécegas 1. Não precisa de carro 4×4, o seu veículo 1.0 dá conta do recado.
Depois, pegue o carro novamente, ande mais uns metros de estrada de terra e estacione perto da cachoeira Almécegas 2. Deste estacionamento são mais uns 400 metros (só de ida) para Almécegas 2, que é um pouco mais baixa (tem 15 metros). Mas ela também tem uma área ótima para banho (uma parte rasa e outra funda) e uma boa área para almoçar um sanduba.

Piscina natural da Cachoeira de Almécegas 2. Foto: Marcelle Ribeiro
Fizemos todo esse passeio das 10h às 15h. Em conclusão, foi uma ótima maneira de começar a conhecer a Chapada dos Veadeiros.

Cachoeira de Almécegas 2. Foto: Marcelle Ribeiro
Cachoeira de São Bento
A cachoeira fica na Fazenda São Bento, bem perto de São Jorgem. Porém, não é tão imponente e impressionante quanto às Almécegas 1 e Almécegas 2. Em resumo, acabamos não conhecendo porque achamos que não valeria a pena, por ela ser muito baixinha, já que a queda d’água tem apenas 6 metros de altura.
Mesmo assim, vendo as fotos, o local é bem bonito. Então, pode ser uma boa pedida dar uma paradinha lá depois das outras cachoeiras, no caminho de volta para a Vila de São Jorge.
Vale da Lua
Esse ponto turístico da Chapada dos Veadeiros fica a 9,5 km de distância da Vila de São Jorge. A paisagem é super diferente no Vale da Lua. De fato, as pedras parecem lunares. Por outro lado, eu não aproveitei tanto esse passeio, porque fui em um carnaval e o local estava lo-ta-do! Então, recomendo programar esse passeio para cedinho, para curtir a “lua” mais vazia.
Leia mais:Como visitar o Vale da Lua na Chapada dos Veadeiros

Vale da Lua. Foto: Marcelle Ribeiro.
Cachoeira do Segredo
Em primeiro lugar, eu preciso dizer que adorei esse passeio na Chapada dos Veadeiros. Uma delícia! Porém, é um ponto turístico super cansativo, já que é necessário percorrer 8 km de trilha, passando por rios. Se eu acho que vale o cansaço? Claro, a queda d’água tem mais de 100 metros de altura e com piscina grandona para o banho.
A distância da Vila de São Jorge é de 16 km.
Quer saber mais? Veja as dicas para conhecer a Cachoeira do Segredo.

Cachoeira do Segredo. Foto: Marcelle Ribeiro.
Trilha do Salto
A Trilha do Salto tem o cartão-postal da Chapada dos Veadeiros: o salto do Rio Preto de 120 metros de altura. A trilha tem 11km (ida + volta).
Não é preciso de guia. Até pouco tempo atrás ter guia era obrigatório, mas o Ibama derrubou essa exigência. As trilhas são super bem sinalizadas e você não terá dúvidas de que caminho seguir.

Cachoeira do Salto do Rio Preto: Foto Marcelle Ribeiro
Dificuldade da Trilha do Salto
O parque descreve o nível de dificuldade da trilha do Salto como difícil, mas meu pai, que tem 65 anos e frequenta a academia com regularidade, fez. Não é fácil, que fique claro. Eu diria que é de dificuldade média, porque há muitos trechos que, apesar de planos, são ao céu aberto, sem nenhuma sombrinha para refrescar do sol. Há também algumas subidas com escadarias bem cansativas. Mas ninguém passou mal ou pensou em desistir. E valeu muito a pena.
A nossa primeira parada foi em um mirante, para a ver o Rio Preto, e a cachoeira dele, o Salto do Rio Preto, que é a mais famosa da Chapada dos Veadeiros e tem 120 metros de altura. Pena que não dá para tomar banho nela.
Mais uma caminhadinha e chegamos à nossa primeira parada para banho, a Cachoeira do Garimpão, que tem 80 metros de altura e um grande poço para banho. Tem uma área grande na sombra para descansar, pena que as pedras nessa área não são lisas, então não dá para deitar.

Cachoeira do Garimpão. Foto: Marcelle Ribeiro
Aí veio a pior parte da trilha: subir uma escadaria e depois caminhar em um trecho que, apesar de plano e aberto, nos deixava bem expostos ao sol.
Mas a recompensa valeu o sacrifício. Chegamos a um rio com piscinas naturais com “hidromassagem” ! Depois de “almoçar” o nosso sanduba na beira do rio (tivemos que improvisar uma sombra esticando as cangas em cima das árvores, porque quase não há sombra ali), fomos nos esticar nas piscinas.

Piscina natural no final da trilha
Concluímos a trilha por volta das 14h30, a tempo de evitar um banho de chuva e voltar para a Vila de São Jorge!
Dica para as trilhas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros
Em primeiro lugar, vamos aos valores: o ingresso para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros custa R$ 18 para brasileiros. Veja o horário de funcionamento do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros no site oficial do parque.
A outra dica fundamental é: chegue cedo no parque! Como há limite diário de visitação (de 250 pessoas na Trilha do Salto), você corre o sério de risco de chegar lá e não conseguir entrar, ainda mais se for em um feriado.
Nós fomos no carnaval para a Vila de São Jorge e no primeiro dia que tentamos visitar o parque, fomos barrados ainda na estrada. Às 10h, as duas trilhas já estavam com capacidade esgotada.
Trilha dos Cânions
A Trilha dos Cânions é um pouco mais longa (12km) do que a Trilha do Salto, mas dizem que é mais plana. Eu acabei não fazendo a trilha porque fui barrada, já que o limite máximo de visitantes (300 pessoas) já havia sido atingido quando cheguei ao parque. Não é necessário contratar um guia para esse passeio.
O nível de dificuldade é moderado superior. O percurso é feito em trilha plana, com paisagens belíssimas. Após cerca de 5 km de caminhada, chega-se a uma bifurcação. No caminho da esquerda, o turista caminha por mais 1 km para chegar à Cachoeira das Cariocas, onde o Rio Preto se divide em duas quedas. A descida até o poço é íngreme e requer atenção redobrada.
Se tiver escolhido o caminho da direita, depois de 800m, estará no Cânion II. Em seguida, terá que atravessar blocos de pedra até chegar a um grande poço para banho. Na época das chuvas, somente um pequeno trecho do poço é usado, devido à forte correnteza do Rio Preto.
Trilha da Seriema
A Trilha da Seriema tem apenas 800m (ida e volta) e é a prova que até crianças podem curtir o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. De verdade, o próprio parque garante que o caminho é plano e bem marcado até chegar no córrego rodoviarinha, onde é possível tomar banho na época das chuvas. Então, essa trilha é recomendada para pessoas com dificuldade de locomoção, como idosos, grávidas e crianças.
Trilha das Sete Quedas
Essa é a trilha mais pesada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. A Trilha das Sete Quedas tem 23km e requer pernoite em camping no meio do mato. O passeio pode ser feito apenas na estação seca, de junho a novembro.
Algumas recomendações importantes para essa trilha são as seguintes. Em primeiro lugar, faça a reserva do camping online. Depois, não esqueça que o parque recomenda a contratação de um guia. Portanto, pelo grau de dificuldade e extensão da trilha, siga essa orientação para a sua segurança.
Por fim, li que a travessia termina na beira da rodovia GO-239, a cerca de 12 km de São Jorge e 24 km de Alto Paraíso. Por isso, segundo o parque, o visitante tem que contratar por conta própria o serviço de traslado.
Trilha da cachoeira Raizama
A trilha da cachoeira Raizama fica pertinho da Vila de São Jorge, a apenas 3,5 km de estrada de terra de distância.
A trilha tem cerca de 2km no total e é circular, com algumas descidas em escadarias, mas nada difícil (nós achamos leve). Há muitas placas no percurso e dois lugares para banho. A Raizama mesmo é um salto de 40 metros de altura, escondido entre paredões de pedra e só é possível vê-la do alto. Mas você pode se banhar nos trechos do rio que formam piscinas de água corrente entre as pedras.
No dia em que fomos a água estava meio escura, porque havia chovido bastante no dia anterior. Nós levamos 2 horas no total para conhecer a cachoeira e a piscina vizinha, porque fizemos tudo sem pressa. Como era nosso último dia de viagem, não voltamos para a Vila de São Jorge e fomos direto para Brasília.

Cachoeira Raizama, na Chapada dos Veadeiros. Foto: Marcelle Ribeiro.
A entrada custa R$ 20 por pessoa. Na fazenda não há lanchonete, mas há um banheiro simples. O estacionamento era gratuito.

Cachoeira Raizama, na Chapada dos Veadeiros.
Pousadas em São Jorge Chapada dos Veadeiros
Quando for a São Jorge, tente ficar numa pousada bonitinha: você vai voltar cansado das trilhas e querer descansar. Uma dica é a Bambu Brasil, que minha amiga Diana conheceu. Com nota 9,3 no Booking, ela tem quartos lindinhos, com ar-condicionado e rede na varanda. A pousada é uma graça, com jardins e áreas de estar bonitos, áreas confortáveis para relaxar e uma pequena piscina. O café da manhã tem bolos, frios, frutas etc.
A Pousada Caminho Das Cachoeiras é bem charmosa e tem nota 8,7 no Booking. A diária para duas pessoas sai a partir de R$ 700.
A Pousada Nenzinha tem nota 9,1 no Booking, sendo super elogiada pela localização. A diária em quarto duplo custa R$ 310.
Casas para alugar São Jorge Chapada dos Veadeiros
No AirBnB, também há opções como uma linda casa de madeira que hospeda 4 hóspedes, por R$ 820 por noite e nota 4,75 (com base em 4 visitantes).
Além disso, há suíte com frigobar para aluguel no AirBnB com diária de R$ 240 (para duas pessoas). A nota é 5 (com base em 5 avaliações).
Ônibus para São Jorge Chapada dos Veadeiros
Ir de ônibus para a Chapada dos Veadeiros requer mais tempo e paciência. A empresa que opera o trecho entre Brasília e Alto Paraíso de Goiás é a Real Expresso, que costuma ter apenas dois horários diários saindo da capital federal para Alto Paraíso e um no sentido contrário. O ônibus que sai de Brasília às 10h chega em Alto Paraíso às 13h. Em seguida, de Alto Paraíso a São Jorge você pega um ônibus da viação Santo Antônio, que passa por volta das 15h30.
O problema é que os atrasos do ônibus são constantes. No carnaval, por exemplo, ele não estava operando. Então, sem dúvidas, a melhor opção é ir de carro. Se for alugar um veículo, recomendo sempre a Rentcars, parceira do blog e que tem preços ótimos.
Onde comer na Vila de São Jorge
A vila é simples e muitos restaurantes de lá são simples também, mas isso não quer dizer que a comida não é gostosa… Aí vão algumas dicas de onde comer por lá. Então, seguem as dicas do meu maridão, que ama essas recompensas gastronômicas após as trilhas:
Luar com Pimenta
Endereço: Rua 12, Quadra 6, Lote 6. Telefone: (62) 3455-1142 / 9669-3578.

A carne deliciosa do Luar com Pimenta. Foto: Maridão
Risoteria Santo Cerrado
Esse é o restaurante mais bacana que visitamos na Vila São Jorge. A iluminação é indireta, com velas na mesa, e a decoração é muito bonita. Além disso, tem música ao vivo. Para começar, nós comemos uma porção de linguiça de entrada, que estava bem gostosa.
Como o próprio nome diz, este lugar é especializado em risotos. Nós comemos vários tipos: de bacalhau, milanês e de linguiça. Todos chegam à mesa em panelinhas e estavam bons, mas a comida demora. Uma panelinha de risoto custa cerca de R$ 60 e se você pedir uma carne acompanhando, paga mais uns R$ 30. Eles dizem que uma panelinha dá para 2 pessoas, mas não dá não. Até as mulheres estavam pedindo a carne para acompanhar, pois desconfiamos que só o risoto não seria suficiente.
Endereço: Viela C, Quadra 8, Lote 2. Telefone: (62) 3455-1039.

Risoteria Santo Cerrado. Foto: Marcelle Ribeiro
Pizzaria e Creperia Papa Lua
É mais um restaurante típico de São Jorge. Com decoração simples, a pizzaria e creperia Papa Lua tem música ao vivo e boa comida. O cardápio tem pizzas e crepes e os sabores levam nomes de pousadas locais. A pizza tem massa fina e é mais gostosa do que o crepe.
Aqui tivemos um momento bem legal da viagem. A luz acabou durante o nosso jantar e o músico que se apresentava lá continuou cantando mesmo sem a ajuda da caixa de som. O pessoal que estava no restaurante resolveu cantar junto e ele foi muito aplaudido quando a energia voltou.
Endereço: Rua 12, Vila de São Jorge.Telefone: (62) 3455-1085.
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